CONVERSANDO COM JOVELINAS, IVONES E BETHS: SAÚDE E ENVELHECIMENTO NO MUNDO DO SAMBA

Resumo Partindo das análises foucaultianas quanto à relação de imanência em que se constituem capitalismo, biopoder e medicalização da vida, analisamos as modulações neoliberais das relações de poder-saber e a produção de um sujeito empresário de si, que trabalha por um desempenho ótimo em todos os campos da existência. Interessa-nos problematizar as repercussões dessa lógica econômica no campo da saúde na medida em que engendra subjetividades previdentes, que devem seguir as prescrições do aparato biomedicina, epidemiologia e promoção da saúde para assegurar longevidade e vitalidade, assim como seu investimento na construção da velhice como um Universal, cuja experiência oscila entre fragilidade/envelhecimento ativo. Nossas reflexões se fazem numa incursão etnográfica à Ala dos Cabelos Brancos, velha guarda do GRES Império Serrano, onde cartografamos os modos de produção de si e de realidade que acionam como universo de referência o mundo do samba e estabelecem sentidos singulares para saúde e velhice.

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Bibliographic Details
Main Authors: Castro,Adriana Miranda de, Bonan,Claúdia, Gaudenzi,Paula
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2021
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822021000100222
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Summary:Resumo Partindo das análises foucaultianas quanto à relação de imanência em que se constituem capitalismo, biopoder e medicalização da vida, analisamos as modulações neoliberais das relações de poder-saber e a produção de um sujeito empresário de si, que trabalha por um desempenho ótimo em todos os campos da existência. Interessa-nos problematizar as repercussões dessa lógica econômica no campo da saúde na medida em que engendra subjetividades previdentes, que devem seguir as prescrições do aparato biomedicina, epidemiologia e promoção da saúde para assegurar longevidade e vitalidade, assim como seu investimento na construção da velhice como um Universal, cuja experiência oscila entre fragilidade/envelhecimento ativo. Nossas reflexões se fazem numa incursão etnográfica à Ala dos Cabelos Brancos, velha guarda do GRES Império Serrano, onde cartografamos os modos de produção de si e de realidade que acionam como universo de referência o mundo do samba e estabelecem sentidos singulares para saúde e velhice.