SISTEMA de alerta para mosca-das-frutas na cultura do pessegueiro: programa 23.

Os produtores de pêssego da região de Pelotas já podem contar com um sistema de alerta que vai trazer semanalmente informações atualizadas sobre o monitoramento da mosca-das-frutas e sobre quais medidas deverão ser tomadas para combater a praga. O sistema foi criado para auxiliar no manejo da praga, já que os inseticidas tradicionalmente usados pelos agricultores estão proibidos e a falta de informação sobre quais passos adotar no cultivo poderia inviabilizar toda a safra local. Este é o tema do Prosa Rural desta semana que tem a participação do pesquisador Dori Edson Nava, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) e do produtor rural Edemar Fligel, morador do Morro Redondo, município a trinta quilômetros de Pelotas. O monitoramento tem sido feito semanalmente em uma região que abrange Pelotas, Morro Redondo e parte de Canguçu - as três cidades respondem por praticamente toda a produção de pêssego da Metade Sul gaúcha e cerca de 90% da produção nacional de pêssego para conserva. Índices de presença da mosca em cada região são relacionados a dados meteorológicos, principalmente chuva e temperatura, para formar o panorama da situação e guiar os passos a serem tomados. As armadilhas utilizadas no monitoramento da mosca-das-frutas foram instaladas na área rural. "As armadilhas [equipamento usado para monitorar a presença dos insetos] são vistoriadas semanalmente entre a segunda e a quarta-feira. Na quinta-feira, pesquisadores e técnicos se reúnem e emitem boletins sobre a presença da praga e a severidade do problema, para que o agricultor possa, a partir da sexta-feira, realizar os tratos culturais", explica o pesquisador Dori Edson Nava, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS). Embrapa, Emater/RS e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), responsáveis pelo sistema de alerta, repassam as informações sobre a situação da semana através de contatos diretos com os agricultores e por meio de jornais, rádios, tv´s e internet. Assim, o produtor poderá saber qual é a real e atual posição sobre a possível infestação e se armar para combater a mosca. Além disso, são fornecidas orientações, com base nos dados coletados, sobre quais tratos deverão ser adotados nos pomares por meio de boletins. Combate - Os inseticidas fosforados com ação de profundidade foram proibidos e não são mais recomendados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o pêssego pela possibilidade de causarem danos neuro-tóxicos em humanos. Com a proibição, os agricultores estão passando a utilizar outras formas de combate contra a mosca, especialmente a isca tóxica. De acordo com Nava, a arma mais indicada é o monitoramento da praga e a isca tóxica. Trata-se de aplicar, em partes do pomar, uma substância à base de proteína que servirá de atrativo alimentar ao mesmo tempo em que, carregada com um agrotóxico, matará o inseto. Como o produto atrai a mosca, não é preciso fazer a aplicação em todo o pomar, como ocorre na aplicação por cobertura - quando o inseticida é aplicado sobre toda a área de cultivo.

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Bibliographic Details
Format: Gravações de som biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2012
Subjects:Armadilha, Mosca das frutas, Pêssego, Praga de planta, Fruticultura,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/941233
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Summary:Os produtores de pêssego da região de Pelotas já podem contar com um sistema de alerta que vai trazer semanalmente informações atualizadas sobre o monitoramento da mosca-das-frutas e sobre quais medidas deverão ser tomadas para combater a praga. O sistema foi criado para auxiliar no manejo da praga, já que os inseticidas tradicionalmente usados pelos agricultores estão proibidos e a falta de informação sobre quais passos adotar no cultivo poderia inviabilizar toda a safra local. Este é o tema do Prosa Rural desta semana que tem a participação do pesquisador Dori Edson Nava, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) e do produtor rural Edemar Fligel, morador do Morro Redondo, município a trinta quilômetros de Pelotas. O monitoramento tem sido feito semanalmente em uma região que abrange Pelotas, Morro Redondo e parte de Canguçu - as três cidades respondem por praticamente toda a produção de pêssego da Metade Sul gaúcha e cerca de 90% da produção nacional de pêssego para conserva. Índices de presença da mosca em cada região são relacionados a dados meteorológicos, principalmente chuva e temperatura, para formar o panorama da situação e guiar os passos a serem tomados. As armadilhas utilizadas no monitoramento da mosca-das-frutas foram instaladas na área rural. "As armadilhas [equipamento usado para monitorar a presença dos insetos] são vistoriadas semanalmente entre a segunda e a quarta-feira. Na quinta-feira, pesquisadores e técnicos se reúnem e emitem boletins sobre a presença da praga e a severidade do problema, para que o agricultor possa, a partir da sexta-feira, realizar os tratos culturais", explica o pesquisador Dori Edson Nava, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS). Embrapa, Emater/RS e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), responsáveis pelo sistema de alerta, repassam as informações sobre a situação da semana através de contatos diretos com os agricultores e por meio de jornais, rádios, tv´s e internet. Assim, o produtor poderá saber qual é a real e atual posição sobre a possível infestação e se armar para combater a mosca. Além disso, são fornecidas orientações, com base nos dados coletados, sobre quais tratos deverão ser adotados nos pomares por meio de boletins. Combate - Os inseticidas fosforados com ação de profundidade foram proibidos e não são mais recomendados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o pêssego pela possibilidade de causarem danos neuro-tóxicos em humanos. Com a proibição, os agricultores estão passando a utilizar outras formas de combate contra a mosca, especialmente a isca tóxica. De acordo com Nava, a arma mais indicada é o monitoramento da praga e a isca tóxica. Trata-se de aplicar, em partes do pomar, uma substância à base de proteína que servirá de atrativo alimentar ao mesmo tempo em que, carregada com um agrotóxico, matará o inseto. Como o produto atrai a mosca, não é preciso fazer a aplicação em todo o pomar, como ocorre na aplicação por cobertura - quando o inseticida é aplicado sobre toda a área de cultivo.