Perdas de solo e água por erosão hídrica sob chuva simulada em diferentes sistemas de cultivo sob semeadura direta.

os diferentes sistemas de manejo do solo resultantes de diferentes culturas podem resultar em distintos graus de degradação, tomando o solo mais ou menos sujeito a erosão. Os sedimentos transportados por meio de enxurradas podem contaminar os mananciais de água por assoreamento e por contaminação química. O objetivo do trabalho foi quantificar as perdas de solo e água pela enxurrada, num sistema de cultivo manejado sob semeadura direta, mediante a aplicação de três chuvas simuladas. O trabalho foi desenvolvido em Lages, SC, entre novembro de 2009 e março de 2010, sobre um Cambissolo Húmico alumínico léptico com declividade média de 13,4%, sob diversos cultivos com duas repetições conduzidos em contorno em relação ao declive: soja solteira, consórcio de milho e feijão, feijão solteiro e milho solteiro. Adicionalmente, avaliou-se um tratamento sem cultivo em solo descoberto. Assim, estudaram-se 10 parcelas experimentais, casualmente distribuídas. As parcelas tinham 11 m de comprimento no sentido da pendente e 3,5 m de largura. Antes da semeadura das culturas, a área vinha sendo manejada sob semeadura direta, durante alguns anos, cultivada com uma seqüência do espécies vegetais. Antes do último cultivo, a área estava coberta por um consórcio de aveia e ervilhaca, cujas plantas foram manejadas com rolofaca. Realizaram-se três testes de chuva simulada, com chuvas de 90 minutos de duração e intensidade planejada de 64 mm h-I, utilizando simulador de chuva de braços rotativos tipo Swanson. O teste I de chuva foi aplicado aproximadamente 10 dias após a germinação das culturas; o teste 2 cerca de 30 dias após o teste I; e o teste 3 aproximadamente 30 dias após o teste 2. As perdas de solo e de água por escoamento superficial variaram com os testes de chuva e com os tipos de sistema de cultivo. As perdas de solo variaram entre 124 e 4.753 kg ha·l, considerando os sistemas de cultivo e os testes de chuva. As perdas de água, por outro lado, variaram entre 20 e 51% das chuvas simuladas aplicadas. A menor perda de solo ocorreu no cultivo de feijão, no teste 2 de chuva, enquanto, a maior perda ocorreu no solo sem cultivo, no teste 3. A menor perda de água ocorreu no solo sem cultivo, no teste 1, enquanto, a maior perda ocorreu no consórcio milho e feijão, no teste 2 de chuva. Palavras-chave: erosão hídrica, perdas de solo, sedimentos, enxurrada.

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: RAMOS, R. R., BERTOL, I., BARBOSA, F. T., OLIVEIRA, L. C. de, ANDRADE, A. P., GEBLER, L., WERNER, R. de S., BANDEIRA, D. H., TANAKA, M. S., RAMOS, J. C.
Otros Autores: ROGER ROBERT RAMOS, UDESC; ILDEGARDIS BERTOL, UDESC; FABRÍCIO TONDELLO BARBOSA, UDESC; LUCIANE COSTA DE OLIVEIRA, UDESC; ANDRÉIA PATRÍCIA ANDRADE, UDESC; LUCIANO GEBLER, CNPUV; ROMEU DE SOUSA WERNER, UDESC; DOUGLAS HENRIQUE BANDEIRA, UDESC; MITSUI SHINOZAKI TANAKA, UDESC; JÚLIO CÉSAR RAMOS, UDESC.
Formato: Separatas biblioteca
Idioma:pt_BR
pt_BR
Publicado: 2011-02-24
Materias:Perda de solo, Solo, Água, Erosão, Chuva, Manejo, Erosão Hídrica, Sedimentação,
Acceso en línea:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/878925
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Descripción
Sumario:os diferentes sistemas de manejo do solo resultantes de diferentes culturas podem resultar em distintos graus de degradação, tomando o solo mais ou menos sujeito a erosão. Os sedimentos transportados por meio de enxurradas podem contaminar os mananciais de água por assoreamento e por contaminação química. O objetivo do trabalho foi quantificar as perdas de solo e água pela enxurrada, num sistema de cultivo manejado sob semeadura direta, mediante a aplicação de três chuvas simuladas. O trabalho foi desenvolvido em Lages, SC, entre novembro de 2009 e março de 2010, sobre um Cambissolo Húmico alumínico léptico com declividade média de 13,4%, sob diversos cultivos com duas repetições conduzidos em contorno em relação ao declive: soja solteira, consórcio de milho e feijão, feijão solteiro e milho solteiro. Adicionalmente, avaliou-se um tratamento sem cultivo em solo descoberto. Assim, estudaram-se 10 parcelas experimentais, casualmente distribuídas. As parcelas tinham 11 m de comprimento no sentido da pendente e 3,5 m de largura. Antes da semeadura das culturas, a área vinha sendo manejada sob semeadura direta, durante alguns anos, cultivada com uma seqüência do espécies vegetais. Antes do último cultivo, a área estava coberta por um consórcio de aveia e ervilhaca, cujas plantas foram manejadas com rolofaca. Realizaram-se três testes de chuva simulada, com chuvas de 90 minutos de duração e intensidade planejada de 64 mm h-I, utilizando simulador de chuva de braços rotativos tipo Swanson. O teste I de chuva foi aplicado aproximadamente 10 dias após a germinação das culturas; o teste 2 cerca de 30 dias após o teste I; e o teste 3 aproximadamente 30 dias após o teste 2. As perdas de solo e de água por escoamento superficial variaram com os testes de chuva e com os tipos de sistema de cultivo. As perdas de solo variaram entre 124 e 4.753 kg ha·l, considerando os sistemas de cultivo e os testes de chuva. As perdas de água, por outro lado, variaram entre 20 e 51% das chuvas simuladas aplicadas. A menor perda de solo ocorreu no cultivo de feijão, no teste 2 de chuva, enquanto, a maior perda ocorreu no solo sem cultivo, no teste 3. A menor perda de água ocorreu no solo sem cultivo, no teste 1, enquanto, a maior perda ocorreu no consórcio milho e feijão, no teste 2 de chuva. Palavras-chave: erosão hídrica, perdas de solo, sedimentos, enxurrada.