Transformando saberes, emancipando mulheres: a experiência de uma Farmacinha Comunitária no Brasil Meridional. - Artig

Este artigo nasce a partir da participação e a própria pesquisa das autoras nas atividades de uma Farmacinha Comunitária, desenvolvida por mulheres, no município de Maquiné, RS. A iniciativa da Farmacinha Comunitária está relacionada a uma proposta alternativa de saúde nas comunidades rurais, que, no entanto, dialoga na prática com temas como a sustentabilidade, a preservação da biodiversidade, saberes tradicionais e locais, e consequentemente com os princípios da Agroecologia. Nossa intenção aqui é dar visibilidade a essas mulheres, ressaltando o processo de emancipação e politização frente ao modelo desenvolvimentista vigente, que as mulheres experienciam a través deste espaço comum. Abrimos o texto com uma descrição da localidade onde está a Farmacinha, e um breve histórico deste projeto. Seguindo, buscamos dar conta das experiências vividas entre nós mulheres, principiando do contexto rural local até a participação efetiva no cotidiano da Farmacinha. A partir dessas experiências vividas e relatadas, propomos uma reflexão, não definitiva, acerca dos saberes tradicionais, o saber-fazer, sua localização histórica e a capacidade de transformar-se. Na sequencia discorremos sobre o saber-fazer das mulheres da Farmacinha Comunitária da Solidão. Por fim propomos considerações sobre essas experiências e o empoderamento que este saber-fazer tem na vida cotidiana destas mulheres.

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Bibliographic Details
Main Authors: 129501 Vinícius Cosmos Benvegnú, IICA, Brasília, D.F. (Brasil) 49
Format: Texto biblioteca
Language:por
Published: Brasil IICA 2015
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Summary:Este artigo nasce a partir da participação e a própria pesquisa das autoras nas atividades de uma Farmacinha Comunitária, desenvolvida por mulheres, no município de Maquiné, RS. A iniciativa da Farmacinha Comunitária está relacionada a uma proposta alternativa de saúde nas comunidades rurais, que, no entanto, dialoga na prática com temas como a sustentabilidade, a preservação da biodiversidade, saberes tradicionais e locais, e consequentemente com os princípios da Agroecologia. Nossa intenção aqui é dar visibilidade a essas mulheres, ressaltando o processo de emancipação e politização frente ao modelo desenvolvimentista vigente, que as mulheres experienciam a través deste espaço comum. Abrimos o texto com uma descrição da localidade onde está a Farmacinha, e um breve histórico deste projeto. Seguindo, buscamos dar conta das experiências vividas entre nós mulheres, principiando do contexto rural local até a participação efetiva no cotidiano da Farmacinha. A partir dessas experiências vividas e relatadas, propomos uma reflexão, não definitiva, acerca dos saberes tradicionais, o saber-fazer, sua localização histórica e a capacidade de transformar-se. Na sequencia discorremos sobre o saber-fazer das mulheres da Farmacinha Comunitária da Solidão. Por fim propomos considerações sobre essas experiências e o empoderamento que este saber-fazer tem na vida cotidiana destas mulheres.