A emergência da biotipologia no Brasil: medir e classificar a morfologia, a fisiologia e o temperamento do brasileiro na década de 1930
O artigo analisa a emergência da biotipologia nas ciências biomédicas do Brasil na década de 1930, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde existiu um Gabinete de Biotipologia vinculado à cadeira de Clínica Propedêutica. A biotipologia congregava conhecimentos da ciência experimental e da medicina constitucional. Primava pela visão holística sobre o corpo do indivíduo e suas práticas científicas consistiam em medidas morfológicas, fisiológicas e psicológicas como base para a classificação. Por meio da obra "O Normotypo Brasileiro", do médico Isaac Brown, busca-se analisar as práticas de medida e classificação das características biológicas dos corpos dos brasileiros. Os modelos biotipológicos adotados no Brasil foram inspirados nas obras dos italianos Nicola Pende, Giacinto Viola e Mario Barbàra. Todavia, os médicos brasileiros criaram suas próprias classificações, adaptando e reconstruindo os modelos originais. Num momento de intenso debate sobre a 'identidade nacional', sugiro que a biotipologia, com suas práticas de produção de pessoas, foi mobilizada como um instrumento para a definição de um tipo físico brasileiro.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
MCTI/Museu Paraense Emílio Goeldi
2012
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222012000300006 |
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