Estimativa de sequelas físicas em vítimas de acidentes de transporte terrestre internadas em hospitais do Sistema Único de Saúde

Resumo: Objetivos: Descrever o perfil das vítimas que foram internadas por lesões decorrentes de acidentes de transporte terrestre (ATT) e com diagnóstico sugestivo de sequelas físicas, no Brasil, de 2000 a 2013, e analisar sua tendência temporal neste período. Métodos: Estudo ecológico com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Foi utilizada regressão de Prais-Winstein para estudo das tendências. Resultados: No período estudado, ocorreram 1.747.191 internações por ATT. O estudo destas identificou 410.448 pessoas (23,5%) com diagnóstico sugestivo de sequelas físicas. Destas, 77,7% eram do sexo masculino, 26,5% na faixa etária de 20 a 29 anos, 46,4% residentes na Região Sudeste, 32,5% pedestres e 31,1% motociclistas. Para sequela "certeza" foram observadas 51.189 casos (12,5%), 43,8% eram pedestres. Houve 359.259 internações cujo diagnóstico sugeria sequela física "provável", destes 43,3% eram motociclistas. A tendência foi de estabilidade para as internações por ATT relacionadas ao total de pacientes com sequelas físicas e com sequela "provável". Todavia, foi observado aumento nas internações por ATT com diagnóstico sugestivo de sequela "certeza" no sexo masculino e nas regiões Norte e Centro-Oeste. Conclusão: As internações com diagnóstico sugestivo de sequelas físicas representaram cerca de 1/4 das internações por ATT registradas. As maiores proporções foram no sexo masculino, entre os adultos jovens, residentes na região Sudeste e entre os pedestres. Houve estabilidade na tendência das taxas de internação por ATT com diagnóstico sugestivo de sequelas físicas para o Brasil e regiões, mas tendência ascendente para sequela "certeza" para a região Centro-Oeste e Norte e para o sexo masculino.

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Bibliographic Details
Main Authors: Andrade,Silvânia Suely Caribé de Araújo, Jorge,Maria Helena Prado de Mello
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2016
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2016000100100
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