"Perdeu a veia": significados da prática da terapia intravenosa na unidade de terapia intensiva neonatal

A terapia intravenosa (TIV) destaca-se entre as tecnologias imprescindíveis para garantir a sobrevivência dos recém-nascidos de risco. Contudo, é fonte de dor, estresse e complicações graves. O objeto de estudo foram os significados da prática da terapia intravenosa na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), mais especificamente: analisar os significados atribuídos à prática da TIV pela equipe e discutir como esses significados refletem no cuidado do recém-nascido. Trata-se de um estudo de caso etnográfico com referencial teórico da antropologia cultural, realizado em uma UTIN pública do município do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram nove enfermeiros, quatro médicos, três técnicos e quatro auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada e observação participante. A análise qualitativa das entrevistas foi realizada utilizando-se o método da interpretação dos sentidos. Os significados, quando entrelaçados na "teia cultural", revelaram que a prática da TIV é reduzida a técnicas de punção venosa periférica, acarretando sérios agravos para os recém-nascidos e desgaste emocional para a equipe e a família. A ressignificação da prática da terapia intravenosa será possível a partir da reflexão crítica dos padrões culturais nos quais ela se estrutura.

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Auteurs principaux: Rodrigues,Elisa da Conceição, Cunha,Sueli Rezende, Gomes,Romeu
Format: Digital revista
Langue:Portuguese
Publié: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2012
Accès en ligne:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000400021
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