Estratégias de produção de si e de biotecnologias

Este artigo problematiza a relação das biotecnologias com a produção de subjetividades na contemporaneidade, colocando em discussão a naturalização da evolução da espécie humana e da ciência que objetiva tomar as biotecnologias como um exemplo de progresso da humanidade neste momento atual da sociedade. Entendem-se as biotecnologias como condições de existência no contemporâneo e como biopolíticas que forjam modos de subjetivação, produzem sujeitos-forma, e não substância, em decorrência de atitudes experimentais que as transformam em uma condição humana. Diante disso, visa-se a tomar essa objetivação das biotecnologias e pensá-la como modos de viver constituídos no campo da saúde por meio de estratégias de produção de si, ou seja, de formas de subjetivação. Para isso, parte-se das concepções foucaultianas de poder, discurso, regimes de verdade e tecnologias de si, articuladas, principalmente, pelos debates de Bauman sobre a sociedade contemporânea e a discussão de Rose em relação às biotecnologias e governo do eu.

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Bibliographic Details
Main Authors: Bernardes,Anita Guazzelli, Guareschi,Neuza
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722007000100018
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