A emoção expressa das famílias e o tratamento de doentes esquizofrénicos crónicos

Numa amostra de 33 esquizofrénicos crónicos, estudaram-se os efeitos clínicos do tratamento psicofarmacológico com neurolépticos durante 12 meses de seguimento. Os sintomas dos doentes foram avaliados pela PANSS, GAF e impressão clínica global (ICG), no início e fim do seguimento. A emoção expressa (EE) das famílias foi avaliada pela Camberwell Family Interview. Vinte famílias da amostra eram do tipo EE alta e treze do tipo EE baixa. Comparando as melhoras clínicas dos doentes nos dois grupos de famílias, verificou-se que os doentes que viviam com famílias de EE baixa tiveram melhores resultados na escala de sintomas positivos da PANSS e na GAF que os doentes que viviam com famílias de EE alta. Os resultados parecem estar de acordo com a teoria da activação psicofisiológica (arousal) provocada pelo stress que seria maior nos doentes das famílias de EE alta e menor nos de famílias de EE baixa. Assim, é de admitir que os efeitos da medicação em 12 meses de seguimento possam relacionar-se com o tipo de EE das famílias dos doentes.

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Reis,Filipe Damas dos, Lourenço,Fátima, António,Jacinto, Marques,Ana, Paiva,António, Chainho,Julieta, Silva,Amália, Real,Ana, Cotovio,Victor, Santos,Paulina, Silva,Nélia
Formato: Digital revista
Idioma:Portuguese
Publicado em: Associação Portuguesa de Psicologia (APP) 2000
Acesso em linha:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492000000100005
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