A longa “República das Letras” e o século dos intelectuais: notas para a história das bibliotecas no Ocidente
Resumo Este artigo se propõe a traçar conexões das metamorfoses da biblioteca no Ocidente com o sonho cosmopolita da “República das Letras” e a emergência da figura do intelectual. Busca-se compreender como e que transformações no mundo do saber se repercutiram nas biblioteca e nas suas concepções mais idealizadas. Com atenção para o caso português, a partir de ampla revisão bibliográfica e do cotejo com fontes, refletiu-se sobre a emergência do conceito de “República das Letras” no campo dos “intelectuais”, bem como acerca de suas conexões com o estudo de bibliotecas. Foi no chamado “Século das Luzes” que se consolidou o ideal enciclopédico do saber, em consórcio com o cosmopolitismo e a luta pela liberdade de crítica. A esta premissa se associou o renovamento das estruturas universitárias europeias e das suas infraestruturas bibliotecárias, o alargamento das redes públicas de leitura, maior “domiciliação” do acesso ao livro e, consequentemente, uma mais extensa propagação de bibliotecas privadas e mais especializadas. A biblioteca concretizou ainda mais a sua vocação totalizadora, mesmo quando se especializou, pois a “democratização” propiciada pela imprensa tornou ainda mais imperativa a necessidade de reunir, não tudo, mas o todo mutável daquilo que importa.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Bibliotecológicas y de la Información
2019
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Online Access: | http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0187-358X2019000400157 |
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