Limites democráticos de um projeto de formação comum a todos

RESUMO A escrita deste texto1 é mobilizada pelo incômodo causado por aquilo que se argumenta ser a “naturalização” da ideia de comum, presente nas teorias e nas políticas curriculares. É a partir desse incômodo que se propõe refletir sobre as significações de sujeito e, consequentemente, definições de conhecimento que têm sido mobilizadas nas teorias e nas políticas curriculares. Assumindo uma postura desconstrutiva derridiana, problematiza-se as pretensões democráticas de discursos que projetam a formação de identidades comuns preenchidas por conhecimentos significados como universais. Desenvolve-se argumentos sustentados nas contribuições da teoria do discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, em interlocução com reflexões produzidas por Jacques Derrida na crítica que o filósofo faz ao logocentrismo. Sem a pretensão de oferecer verdades definitivas, este texto configura-se como um convite para que se possa refletir sobre a necessidade de desestabilizar as normas e expor seus limites, desconstruindo os frágeis pilares de estruturas que sustentam as pretensões democráticas de projetos de formação comum. Aposta-se na potencial hiperpolitização da luta social, que se abre com a apropriação das contribuições teóricas apresentadas neste texto.

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Bibliographic Details
Main Authors: Pereira,Talita Vidal, Reis,Matheus Saldanha do Amaral
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná 2022
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602022000100201
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