Significados e usos de materiais educativos sobre hanseníase segundo profissionais de saúde pública do Município do Rio de Janeiro, Brasil

O artigo objetiva refletir sobre os processos comunicativos de Programas de Controle de Hanseníase (PCH) do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da análise da recepção de materiais educativos por profissionais de dois serviços de saúde pública no Rio de Janeiro, Brasil. O trabalho discute em que medida a análise de impressos favorece a negociação dos sentidos e das práticas sobre hanseníase vigentes nos PCH. Foram analisados 38 materiais produzidos entre 1993 a 2005, por instituições governamentais e não-governamentais e realizados dois grupos focais com profissionais atuantes no PCH. Durante os grupos focais 6 materiais foram examinados. Os resultados revelaram a verticalidade e fragmentação nos processos comunicativos, expressas pela: ênfase em campanhas, produção centralizada, homogeneização dos públicos e conteúdos e privilégio dado ao saber biomédico. As atividades horizontais e participativas não eram comuns. Foi identificada uma lacuna entre a institucionalização do discurso da hanseníase, como alternativa à terminologia da lepra, e a sua circulação e consumo entre os diferentes atores sociais.

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Bibliographic Details
Main Authors: Kelly-Santos,Adriana, Monteiro,Simone, Rozemberg,Brani
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009000400017
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