Saúde em prisões: representações e práticas dos agentes de segurança penitenciária no Rio de Janeiro, Brasil

O papel limitante dos agentes de segurança penitenciária no acesso dos detentos aos serviços sanitários e o impacto de suas representações e práticas de saúde no cotidiano prisional foram objeto de pesquisa-ação visando tanto à produção de conhecimento como à melhoria das ações de controle da tuberculose e HIV/AIDS pela participação e conscientização. Desenvolveu-se em três prisões e dois hospitais por meio de entrevistas individuais e grupos de discussão. Revelou que concepções de saúde e doença, hierarquização de riscos e estratégias de preservação no contexto carcerário relacionam-se às posições nessa organização social, aos conflitos e tensões ali existentes e aos pertencimentos grupais que reforçam identidades e antagonismos, refletindo-se nas práticas rotineiras e no acesso aos serviços. A negação da saúde como um direito dos presos e a restrição de sua autonomia contribuem para ações de saúde prescritivas. A tomada de consciência dos agentes de segurança penitenciária quanto às representações e práticas de saúde pode contribuir para a desconstrução de idéias estereotipadas e aumentar seu envolvimento nas ações de prevenção e assistência. A melhoria das condições de saúde dos detentos implica também mudanças nas condições de encarceramento.

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Diuana,Vilma, Lhuilier,Dominique, Sánchez,Alexandra Roma, Amado,Gilles, Araújo,Leopoldina, Duarte,Ana Maria, Garcia,Mônica, Milanez,Eliane, Poubel,Luciene, Romano,Elizabeth, Larouzé,Bernard
Formato: Digital revista
Idioma:Portuguese
Publicado em: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2008
Acesso em linha:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000800017
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