Estudo epidemiológico da esquistossomose mansônica em áreas de irrigação do Nordeste brasileiro

É mundialmente reconhecida a importância das áreas de irrigação na disseminação da esquistossomose. O presente estudo foi desenvolvido no período de outubro de 1986 a dezembro de 1987 em 23 perímetros de irrigação do Nordeste semi-árido. A análise sócio-econômica-sanitária mostrou vários aspectos de interesse epidemiológico, salientando-se a presença de trabalhadores flutuantes originários de áreas endêmicas da parasitose e vivendo em más condições sanitárias nos lotes de irrigação. O estudo coprológico indicou os seguintes resultados: de 10.279 indivíduos examinados (82% da população) somente 3 (três) casos apresentaram-se positivos para S. mansoni. O estudo malacológico mostrou a presença exclusiva da Biomphalaria straminea em 17.188 amostras coletadas. Somente em um dos perímetros (São Gonçalo, Souza, PB) foi constatada a infecção esquistossomótica ativa em 17 caramujos. Esses resultados indicam que as áreas de irrigação estudadas não constituem, no momento, problema relevante de transmissão da esquistossomose. Os autores consideram, porém, necessária uma permanente vigilância epidemiológica em todas as áreas de irrigação do Nordeste.

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: Coutinho,Amaury D., Silva,Manoel L., Gonçalves,José F.
Formato: Digital revista
Idioma:Portuguese
Publicado em: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 1992
Acesso em linha:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1992000300009
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