A morbidade materna grave na qualificação da assistência: utopia ou necessidade?

No Brasil, onde 90% dos partos ocorrem em hospitais, 67,1% das mortes são devidas a causas obstétricas diretas, predominando transtornos hipertensivos, enquanto as causas obstétricas indiretas são responsáveis por um quarto do total. Como a morte materna é um evento incomum, estimado em 76/100.000, o estudo da morbidade materna grave, seguindo a tendência da literatura, pode contribuir para qualificar o cuidado obstétrico. A morbidade materna é um continuum que termina na morte, podendo-se reconhecer um grupo de extrema gravidade, conhecido como "near miss". Embora os conceitos sejam claros, não há consenso na literatura quanto aos critérios definidores dos casos de morbidade grave ou mesmo morbidade extremamente grave ou near miss. Sua prevalência pode variar, de 0,80-8,23%, a depender dos critérios de definição utilizados e da assistência à saúde oferecida na região. A caracterização da morbidade grave e, particularmente, do near miss, permite o monitoramento do processo de atenção obstétrica e pode qualificar o tratamento das urgências e emergências maternas, interrompendo o processo que pode levar ao óbito.

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Detalles Bibliográficos
Autores principales: Amaral,Eliana, Luz,Adriana Gomes, Souza,João Paulo Dias de
Formato: Digital revista
Idioma:Portuguese
Publicado: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 2007
Acceso en línea:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032007000900008
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