Pode o conhecimento em gestão e organização falar português?

O objetivo deste artigo é questionar se o conhecimento em gestão e organização (CGO) pode falar um idioma diferente do Inglês e discutir como a hegemonia deste idioma no campo científico tem contribuído para a reprodução da mesma lógica colonial que por séculos impediu os nativos de produzirem sentido acerca do que pensavam, falavam e escreviam. Mostramos que o principal instrumento de poder que garante esta hegemonia é o controle dos critérios de publicação e circulação do CGO, que tende a marginalizar tudo o que é produzido fora da base linguística controlada pelo Norte. O principal efeito desta lógica é a submissão dos pesquisadores nativos ao controle do Norte, colocando-os na condição subalterna, condenados em sua própria terra a operar segundo uma lógica externa, que define o que é e o que não é conhecimento científico de qualidade na área de gestão e organização.

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Auteurs principaux: Rosa,Alexandre Reis, Alves,Mario Aquino
Format: Digital revista
Langue:Portuguese
Publié: Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo 2011
Accès en ligne:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902011000300006
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