Tratamento cirurgico do hidrocefalo em crianças: I - evolução clinica e mortalidade

São analisadas a evolução clinica e a mortalidade de 57 crianças hidrocéfalas submetidas a tratamento cirúrgico, no periodo de 1970 a 1980. As causas de hidrocéfalo foram malformação congênita (42,1%), infecção meníngea (36,8%) e neoplasias (21,1%). A implantação de reservatório no couro cabeludo, em comunicação com o ventrículo lateral e a derivação externa do LCR foram utilizadas com bons resultados no controle transitório da hipertensão intracraniana em crianças com hidrocéfalo e infecção ventricular. A ventriculocisternostomia transhipotalâmica apresentou bons resultados no controle da hipertensão intracraniana em crianças com hidrocéfalo por processos não inflamatórios. A DVA, apesar de pouco utilizada, controlou a hipertensão intracraniana em 85,7% dos casos e ocasionou uma mortalidade operatória de 25,7%. A DVP controlou a hipertensão intracraniana em 89,4% dos casos no pós-operatório imediato e ao final de 18 meses 88,2% dos sobreviventes encontravam-se sem hipertensão intracraniana. A mortalidade global destas crianças foi de 34%. Entre os sobreviventes dos grupos de crianças com hidrocéfalo congênito e pós-infecção meníngea 27,3% eram normais ao final do primeiro trimestre e 50% ao final de 24 meses. A mortalidade operatória nestes grupos foi de 25% e a principal causa de morte operatória foi a infecção meníngea.

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Bibliographic Details
Main Authors: Colli,Benedicto Oscar, Starr,Edwin Montague, Martelli,Nelson
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO 1981
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1981000400005
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