Manejo de moscas brancas, bicudo, lagartas não-alvo e acaros no caso do uso de NuOpal, algodoeiro com gene cry1Ac (continuaçao do proecsso n°12/2006) : Relatorio final (Safra 2007 - 2008)

O objetivo do projeto foi comparar pela segunda safra agrícola, em grandes parcelas representativas (conduzidas de forma mecanizada na fazenda Canaã, perto de Primavera do Leste-MT), o manejo de dois tipos de cultivares: NuOpal (com o gene cry1Ac) e DeltaOpal ("near-isogenic" ou "iso linhagem"), com 4 repetições a fim de evitar as dificuldades de interpretação dos resultados encontrados na safra anterior 2006-2007. As faixas experimentais tinham 15 fileiras de 136 m de comprimento. A semeadura de milheto (cobertura) ocorreu no dia 3 de outubro e a de algodoeiro no dia 13 de dezembro de 2007. Fora do manejo fitossanitário, todas as outras operações culturais foram iguais. Para o controle de pragas, o numero de plantas observadas (40 e logo 25 por faixa, amostradas uma ou duas vezes por semana, segundo a época) e os níveis de controle adotados foram aqueles preconizados pela Ceres Consultoria Agronômica. Além das observações das plantas, foram feitos um monitoramento dos adultos com armadilhas com feromônios e avaliação especifica de maçãs verdes (800 por faixa no total) para observar os danos de bicudo, percevejos e lagarta rosada. A arquitetura das plantas, contagem de estruturas de produção e colheitas manuais para estimar a produtividade também foram avaliadas. Uma amostragem da fibra foi feita em cada faixa para analisar as características tecnológicas após o descaroçamento. Uma comparação estimativa dos custos de proteção foi realizada no final. Durante a safra, foram realizadas 5 aplicações com fungicidas em todas as faixas. Em relação com as capturas em armadilhas, a pressão do bicudo no inicio da safra não necessitou uma entrada desde o primeiro botão floral (área "verde"). A pressão de varias pragas (objetivo inicial do estudo) foi baixa. Entre as pragas alvo da toxina Cry1Ac, o curuquerê não apresentou altas infestações. Na DeltaOpal, um maximo de 82 lagartas por 100 plantas foi registrado no meio de fevereiro de 2008. Na mesma cultivar a porcentagem de plantas com presença de Heliothis virescens alcançou apenas 8% no inicio de fevereiro. No complexo de pragas não alvo da toxina, Spodoptera frugiperda apresentou poucas lagartas a campo. Pseudoplusia includens e Spodoptera eridania foram encontradas (lagartas e danos) nos dois tipos de cultivares, como na safra anterior, confirmando a necessidade de se fazer aplicações especificas contra elas em todas as faixas. Não houve diferenças nos manejos dos pulgões e as infestações de moscas brancas não foram expressivas para justificar de uma aplicação especifica. Os níveis do bicudo começaram a crescer a partir do inicio de março até exigir controle intensivo a partir do dia 21 do mesmo mês. Não houve grandes ataques de percevejos. Ácaros das duas espécies estiveram presentes, o branco em forma mais generalizada em todas as faixas. Em resumo, a cultivar DeltaOpal, com 27 entradas na lavoura, recebeu somente uma a mais da NuOpal, com 41 produtos diferentes aplicados contra 36 na NuOpal. As duas cultivares receberam a mesma quantia de aplicações contra pulgões (3), ácaros (3) e bicudo (19). A DeltaOpal recebeu 4 aplicações "lagarticidas" a mais da NuOpal, totalizando 10. As produtividades estimadas foram de 3695 e 3821 kg/ha de algodão em caroço para DeltaOpal e NuOpal respectivamente, mas sem diferença significativa. O peso médio dos capulhos da NuOpal foram de 5.70 g, inferior significativamente ao peso dos capulhos da DeltaOpal de 5.92 g. Outros resultados chamativos são as diferenças entre os micronaire (4.63- 4.46) e maturidade (87.31 - 86.87) inferiores no caso da NuOpal. Em conclusão geral pode se dizer que não houve uma vantagem tão evidente no uso da NuOpal nesta localidade nesta safra.

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Bibliographic Details
Main Authors: Silvie, Pierre, Takizawa, Evaldo Kazushi, Gottardo, Luiz César
Format: monograph biblioteca
Language:por
Published: CIRAD
Subjects:H10 - Ravageurs des plantes, Gossypium, Spodoptera frugiperda, Pectinophora gossypiella, Anthonomus grandis, http://aims.fao.org/aos/agrovoc/c_3335, http://aims.fao.org/aos/agrovoc/c_25452, http://aims.fao.org/aos/agrovoc/c_30201, http://aims.fao.org/aos/agrovoc/c_30064, http://aims.fao.org/aos/agrovoc/c_1070,
Online Access:http://agritrop.cirad.fr/548913/
http://agritrop.cirad.fr/548913/1/document_548913.pdf
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