Erosão hídrica em campo nativo sob diversos manejos: perdas de água e solo e de fósforo, potássio e amônio na água de enxurrada.

Os campos nativos do sul do Brasil são utilizados para o pastejo de bovinos e ovinos. Após o verão, no início da estação fria, a fitomassa excedente do pastejo seca, sendo comum sua queima para facilitar o rebrote da pastagem na primavera. No entanto, a queima da fitomassa mineraliza nutrientes e deixa o solo descoberto, potencializando a erosão hídrica. Este trabalho teve o objetivo de quantificar as perdas totais de água e solo e os teores de P, K e NH4 + na água da enxurrada, em campo nativo sobre um Latossolo Bruno aluminoférrico típico. Foram estudados os tratamentos: campo nativo sem queima e sem adubo; campo nativo sem queima e com superfosfato triplo; campo nativo com queima e sem adubo; e campo nativo com queima e com superfosfato triplo. Sobre as parcelas, com 11 m de comprimento, na direção do declive, e 3,5 m de largura, aplicou-se uma chuva simulada com intensidade de 75 mm h-1 e duração de 3 h. A queima influenciou a erosão hídrica e as perdas de nutrientes. A queima da fitomassa do campo nativo diminuiu os tempos de início e pico da enxurrada e a infiltração de água no solo, bem como aumentou a taxa máxima de enxurrada, as perdas de água e solo por erosão hídrica e os teores e as perdas totais de P, K e NH4 + na água de enxurrada, em relação à ausência da queima. A concentração de sedimentos na enxurrada foi maior no tratamento com queima da fitomassa do que no sem queima. O maior e o menor valor da concentração de sedimentos ocorreram em menor tempo de duração do escoamento superficial no tratamento com queima do que no tratamento sem queima, contribuindo para que a perda total de solo fosse 8,9 vezes maior com a queima do que sem a queima do campo. O teor e a perda total de P na água da enxurrada foram maiores no tratamento com adubo fosfatado do que no tratamento sem adubo, tanto no tratamento com queima da fitomassa quanto no sem queima. Para o K e o NH4 +, os teores e as perdas totais foram maiores no tratamento com queima do que no sem queima. O modelo exponencial do tipo y = ae-bx ajustou-se aos teores de P, K e NH4 + na água da enxurrada, em relação ao tempo de ocorrência do escoamento superficial (p < 0,01).

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Bibliographic Details
Main Authors: BERTOL, I., GOBBI, E., BARBOSA, F. T., PAZ-FERREIRO, J., GEBLER, L., RAMOS, J. C., WERNER, R. de S.
Other Authors: ILDEGARDIS BERTOL, UDESC; EDERSON GOBBI, UDESC; FABRÍCIO TONDELLO BARBOSA, UDESC; JORGE PAZ-FERREIRO, CENTRO DE INVESTIGACIONES AGRARIAS DE MABEGONDO - ESPANHA; LUCIANO GEBLER, CNPUV; JULIO CÉSAR RAMOS, UDESC; ROMEU DE SOUZA WERNER, UDESC.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-11-11T11:11:11Z
Subjects:Queima de campo, Chuva simulada, Amônio., Meio ambiente, Adubação, Nutrição vegetal, Chuva, Erosão, Água, Solo, Fósforo, Potássio, Enxurrada.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/905820
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