Seletividade de doses e modalidades de aplicação de atrazine e de [paraquat+diuron] em pré-emergência sobre espécies de crotalária e controle de soja voluntária.

As espécies de crotalária vêm se destacando no sistema de semeadura direta como uma opção para a rotação de cultura e adubação verde nos solos do Brasil, mas em específico no Cerrado brasileiro, onde o solo é pobre em matéria orgânica e nutrientes. Os produtores mato-grossenses vêm implantando essas espécies, em geral, na sucessão de soja verão de forma isolada ou consorciada com o milho. Porém, esse sistema de sucessão possibilita a ocorrência da soja voluntária na cultura da crotalária, o que dificulta o seu manejo e a eficiência do sistema. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o controle da soja voluntária e a seletividade do herbicida atrazine em diferentes doses e modalidades de aplicação e de paraquat+diuron em pré-emergência para Crotalaria ochroleuca e Crotalaria spectabilis. Foram conduzidos três experimentos em casa de vegetação da Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT, sendo um com soja, e os outros dois com C. ochroleuca e C. spectabilis. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 12 tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram em duas doses de atrazine (250 g ha-1 e 500 g ha-1) apenas em préemergência (PRÉ) e com duas doses de atrazine (250 g ha-1 e 500 g ha-1) em pósemergência (PÓS) combinadas com duas épocas (14 dias e 21 dias após a semeadura ? DAS). Também foram estudadas as aplicações de paraquat + diuron [500+250 g ha-1] em PRÉ com ou sem a aplicação de atrazine (250 g ha-1 e 500 g ha-1) em PÓS aos 28 DAS, além da aplicação sequencial de atrazine (250/250 g ha-1 ou 500/500 g ha-1) apenas em PÓS aos 14 DAS e 28 DAS e da testemunha sem aplicação. As variáveis avaliadas foram massa seca e número de plantas por vaso e controle/intoxicação das culturas na escala de 0 % a 100%, sendo 0% ausência de controle/intoxicação e 100% morte das plantas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade no sistema SAS 9.2. Apenas as aplicações sequenciais de atrazine em pós-emergência e as aplicações de 500 g ha-1 de atrazine em pós aos 14 DAS e 21 DAS controlaram a soja voluntária (100%). Entre esses tratamentos, C. spectabilis foi altamente suscetível a eles e apenas de atrazine (500) PRÉ/atrazine (500) PÓS aos 21 DAS apresentou menor intoxicação (66%) de C. ochroleuca, reduzindo cerca de 50% a massa seca da planta em relação à testemunha. Concluiu-se que apenas a aplicação de atrazine (500) PRÉ/atrazine (500) PÓS aos 21 DAS pode ser realizada em C. ochroleuca, para o controle de soja voluntária.

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Bibliographic Details
Main Authors: RUBENICH, A. K., IKEDA, F. S., OLIBONE, A. P. E., CAVALIERI, S. D., SMANIOTTO, L. D.
Other Authors: ADAUTO KENNEDY RUBENICH, IFMT, Sorriso-MT; FERNANDA SATIE IKEDA, CPAMT; ANA PAULA ENCIDE OLIBONE, IFMT, Sorriso-MT; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA; LAIS DENISE SMANIOTTO, FACEM, Sorriso-MT.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2020-02-03
Subjects:Mato Grosso, Sinop-MT, Crotalária, Pré-Emergência, Rotação de Cultura, Soja,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1119731
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