Perfis culturais de solo manejado com sistema plantio direto em unidade de referência tecnológica e econômica, submetidos à cultivos sucessivos de soja, milho e algodão.

A rotação de culturas e a manutenção de cobertura do solo com palha abundante são dois dos três preceitos básicos do sistema plantio direto, juntamente com a o revolvimento mínimo do solo somente na linha de semeadura (Denardin et al., 2012). O estado de Mato Grosso é atualmente o maior produtor de soja, algodão e milho segunda safra do Brasil. O cultivo do solo com sistema plantio direto, ou ao menos, com semeadura direta na palha disponível é o modo de manejo dominante nas lavouras do Estado. O clima quente e úmido do estado, entretanto, é um entrave para que a cobertura do solo com palha seja efetiva para minimizar os problemas advindos da compactação do solo. Para tanto, Denardin et al. (2012) preconiza a adoção pelo produtor de modelos de produção agrícola com rotações de culturas que produzam elevada quantidade de palha e que tenha sistemas radiculares vigorosos e agressivos (Ceccon et al., 2015). O estado de Mato Grosso possui uma das agriculturas mais pujantes do Brasil, sob o aspecto quantitativo considerando-se a área ocupada com cada uma das espécies cultivadas e o volume da produção. Dentre as espécies cultivadas destacam-se a soja com 9.323.000 ha; o algodão com 643.100 ha e o milho com 3.230.200 ha. Aproximadamente 70% do algodão é semeado após a colheita da soja. A produtividade destas três culturas no Mato Grosso é semelhante à obtida nos demais estados do Brasil, mas sabe-se que é possível aumentá-la significativamente se forem incorporados ao sistema os conhecimentos gerados pela pesquisa agropecuária. Embora a produtividade física tenha alcançado níveis considerados razoáveis, o custo de produção, especialmente o do algodão, está crescendo continuamente e aumentando o risco de tornar a cultura inviável. Considerando a relevância destas culturas para a economia do estado de MT, a inviabilização deste sistema teria grande impacto negativo. Os elevados custos de produção são devidos especialmente ao grande volume de produtos destinados ao controle de insetos, ácaros, fungos e plantas daninhas. De acordo com o IMEA, o custo de produção do algodão em Mato Grosso safra 2014/2015 foi em torno de R$ 6.800,00, sendo que 37,5% deste custo destinado a inseticidas, fungicidas e herbicidas.

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Bibliographic Details
Main Authors: SPERA, S. T., CHITARRA, L. G., LAMAS, F. M., BORIN, A. L. D. C., RODRIGUES, S. M. M., FERREIRA, A. C. de B., SARAIVA, J. S., CAVALIERI, S. D.
Other Authors: SILVIO TULIO SPERA, CPAMT; LUIZ GONZAGA CHITARRA, CNPA; FERNANDO MENDES LAMAS, CPAO; ANA LUIZA DIAS COELHO BORIN, CNPA; SANDRA MARIA MORAIS RODRIGUES, CNPA; ALEXANDRE CUNHA DE B FERREIRA, CNPA; JANAINE SOUZA SARAIVA, CNPA; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 2019-01-13
Subjects:Unidade de referencia tecnologica e economica, URTE, Mato grosso, Ipiranga do Norte-MT., Sinop-MT, Agricultura, Manejo do Solo, Plantio Direto, Cobertura do Solo, Milho, Soja, Algodão.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1103778
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