Efeito de lodo de esgoto em doenças de plantas.

Na maioria das cidades brasileiras, o esgoto produzido é lançado diretamente nos cursos d'água. Para reduzir a poluição dos rios, há necessidade de se realizar a coleta e o tratamento do esgoto, processo no qual é gerado o lodo de esgoto, havendo necessidade de uma adequada disposição final desse resíduo. Segundo Bettiol & Camargo (4), a disposição final adequada do lodo é uma etapa problemática, pois seu planejamento tem sido negligenciado e apresenta um custo que pode alcançar até 50% do orçamento operacional de um sistema de tratamento. As alternativas para a disposição final do lodo de esgoto são: aterro sanitário; reuso industrial (produção de cimento e de agregado leve, fabricação de tijolos e cerâmica); incineração; conversão em óleo combustível; recuperação de áreas degradadas e de mineração; "landfarming" e uso agrícola e florestal. Entre as alternativas a para fins agrícola e florestal é a que apresenta a maior viabilidade econômica, pois o lodo é rico em matéria orgânica e em macro e micronutrientes para as plantas, podendo ser utilizado como condicionador de solo e ou fertilizante. Entretanto, o lodo apresenta em sua composição diversos poluentes como: metais pesados, compostos orgânicos persistentes e organismos patogênicos ao homem; atributos que devem ser olhados com muito cuidado para a sua aplicação em solos agrícolas. A prática de uso do solo como meio de disposição do lodo tem sido freqüente em muitos países, sendo que na Noruega, França, Suíça, USA e Itália, aproximadamente 58, 58, 45, 41 e 33% do lodo gerado é aplicado em solo agrícola. No Brasil, não é difundida a experiência de incorporar lodo de esgoto aos solos, porque ainda são poucas as cidades dotadas de estações de tratamento de esgotos (ETEs). Apesar dessa situação, diversos municípios brasileiros estão coletando e tratando adequadamente os esgotos e, por conseguinte gerando lodo. Algumas cidades como: Araraquara, Araras, Araçatuba, Campinas, Caraguatatuba, Franca, Itú, Jaú, Jundiaí, Limeira, Matão, Monguaguá, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Ubatuba e a Grande São Paulo, SP; Curitiba e Londrina, PR; Belo Horizonte e Uberlândia, MG; Brasília, DF; Recife, PE; Goiânia, GO; Vitória e Cachoeiro do Itapemirim, ES, Rio de Janeiro, RJ e Campo Grande, MS, entre outras estão tratando os esgotos e gerando lodo. Diversos desses municípios vêm trabalhando para dispor o lodo gerado na agricultura.

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Bibliographic Details
Main Authors: BETTIOL, W., SANTOS, I. dos
Other Authors: WAGNER BETTIOL, CNPMA; I. dos SANTOS, Bolsista.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2015-10-13
Subjects:Lodo de esgoto, Doença de planta,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1026271
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