Corpo de barro, corpo de gente: metáforas na iconografia das urnas funerárias polícromas
Abstract Nos últimos anos, a Etnologia amazônica tem consolidado uma teoria do corpo que propõe uma concepção deste, entre os ameríndios, como uma matriz de relações e transformações entre seres e perspectivas distintas. Esta concepção é tida como um dos pilares da organização cosmopolítica destes povos e perpassa a produção de diferentes linguagens estéticas entre imagens, ritos, cantos, danças e artefatos. Com base nestas proposições, faremos um diálogo entre Arqueologia e Etnologia, analisando a linguagem iconográfica das urnas funerárias da Tradição Polícroma da Amazônia, no baixo e médio Solimões. Tais artefatos podem ser interpretados como corpos, compostos de referenciais humanos e animais bi e tridimensionais e cobertos de grafismos elaborados. Nossa proposta, neste artigo, é interpretar a iconografia destes objetos com base em seus elementos corporais, entre forma e ‘decoração’, discutindo como esses elementos podem trazer noções relativas à produção e à constituição de corpos e agentes sociais.
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Format: | Digital revista |
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Publié: |
MCTI/Museu Paraense Emílio Goeldi
2020
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oai:scielo:S1981-812220200003009042020-11-10Corpo de barro, corpo de gente: metáforas na iconografia das urnas funerárias polícromasOliveira,Erêndira Tradição Polícroma da Amazônia Urnas antropomorfas Iconografia Abstract Nos últimos anos, a Etnologia amazônica tem consolidado uma teoria do corpo que propõe uma concepção deste, entre os ameríndios, como uma matriz de relações e transformações entre seres e perspectivas distintas. Esta concepção é tida como um dos pilares da organização cosmopolítica destes povos e perpassa a produção de diferentes linguagens estéticas entre imagens, ritos, cantos, danças e artefatos. Com base nestas proposições, faremos um diálogo entre Arqueologia e Etnologia, analisando a linguagem iconográfica das urnas funerárias da Tradição Polícroma da Amazônia, no baixo e médio Solimões. Tais artefatos podem ser interpretados como corpos, compostos de referenciais humanos e animais bi e tridimensionais e cobertos de grafismos elaborados. Nossa proposta, neste artigo, é interpretar a iconografia destes objetos com base em seus elementos corporais, entre forma e ‘decoração’, discutindo como esses elementos podem trazer noções relativas à produção e à constituição de corpos e agentes sociais.info:eu-repo/semantics/openAccessMCTI/Museu Paraense Emílio GoeldiBoletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas v.15 n.3 20202020-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222020000300904pt10.1590/2178-2547-bgoeldi-2019-0108 |
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