Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I

O HTLV-I foi descoberto no início dos anos 1980 e associado a leucemia/linfoma de células T (LLTA) e paraparesia espástica tropical (PET). O HTLV pertence à família Retroviridae e tem um genoma de RNA de fita simples com uma estrutura genética similar à dos demais retrovírus, possuindo os genes gag, pol, env e pX. Este último contém os genes reguladores tax e rex. Tax e Rex são as principais proteínas reguladoras do genoma viral, sendo que Tax regula a transcrição do genoma proviral indiretamente ao interagir com diferentes proteínas regulatórias celulares, principalmente genes de citocinas e protoncogenes, e Rex atua como um regulador pós-transcricional do genoma do HTLV-I ao controlar o processamento (splicing) do RNAm viral. Essa infecção é endêmica em diversas regiões do mundo, tais como Japão, vários países da África, Caribe e América do Sul. No Brasil, Salvador é a cidade de maior prevalência, atingindo 1,7% da população geral. A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV-I permanece assintomática no decorrer de suas vidas, correspondendo a aproximadamente 95%. Dos indivíduos sintomáticos, alguns desenvolvem PET e outros, LLTA, sem que suas fisiopatogenias estejam perfeitamente esclarecidas. O diagnóstico rotineiro da infecção causada pelo HTLV-I baseia-se na detecção sorológica de anticorpos específicos para antígenos das diferentes porções do vírus ou através da pesquisa de seqüências genômicas provirais em células mononucleares periféricas. Ainda não existe nenhum estudo epidemiológico com bases populacionais e com metodologias adequadas sobre a infecção pelo HTLV-I que permita conhecer sua real prevalência no Brasil.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Santos,Fred Luciano Neves, Lima,Fernanda Washington de Mendonça
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000200008
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S1676-24442005000200008
record_format ojs
spelling oai:scielo:S1676-244420050002000082005-07-30Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-ISantos,Fred Luciano NevesLima,Fernanda Washington de Mendonça HTLV-I Fisiopatogênese Epidemiologia Diagnóstico O HTLV-I foi descoberto no início dos anos 1980 e associado a leucemia/linfoma de células T (LLTA) e paraparesia espástica tropical (PET). O HTLV pertence à família Retroviridae e tem um genoma de RNA de fita simples com uma estrutura genética similar à dos demais retrovírus, possuindo os genes gag, pol, env e pX. Este último contém os genes reguladores tax e rex. Tax e Rex são as principais proteínas reguladoras do genoma viral, sendo que Tax regula a transcrição do genoma proviral indiretamente ao interagir com diferentes proteínas regulatórias celulares, principalmente genes de citocinas e protoncogenes, e Rex atua como um regulador pós-transcricional do genoma do HTLV-I ao controlar o processamento (splicing) do RNAm viral. Essa infecção é endêmica em diversas regiões do mundo, tais como Japão, vários países da África, Caribe e América do Sul. No Brasil, Salvador é a cidade de maior prevalência, atingindo 1,7% da população geral. A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV-I permanece assintomática no decorrer de suas vidas, correspondendo a aproximadamente 95%. Dos indivíduos sintomáticos, alguns desenvolvem PET e outros, LLTA, sem que suas fisiopatogenias estejam perfeitamente esclarecidas. O diagnóstico rotineiro da infecção causada pelo HTLV-I baseia-se na detecção sorológica de anticorpos específicos para antígenos das diferentes porções do vírus ou através da pesquisa de seqüências genômicas provirais em células mononucleares periféricas. Ainda não existe nenhum estudo epidemiológico com bases populacionais e com metodologias adequadas sobre a infecção pelo HTLV-I que permita conhecer sua real prevalência no Brasil.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de Patologia Clínica Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial v.41 n.2 20052005-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000200008pt10.1590/S1676-24442005000200008
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Santos,Fred Luciano Neves
Lima,Fernanda Washington de Mendonça
spellingShingle Santos,Fred Luciano Neves
Lima,Fernanda Washington de Mendonça
Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
author_facet Santos,Fred Luciano Neves
Lima,Fernanda Washington de Mendonça
author_sort Santos,Fred Luciano Neves
title Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
title_short Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
title_full Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
title_fullStr Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
title_full_unstemmed Epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo HTLV-I
title_sort epidemiologia, fisiopatogenia e diagnóstico laboratorial da infecção pelo htlv-i
description O HTLV-I foi descoberto no início dos anos 1980 e associado a leucemia/linfoma de células T (LLTA) e paraparesia espástica tropical (PET). O HTLV pertence à família Retroviridae e tem um genoma de RNA de fita simples com uma estrutura genética similar à dos demais retrovírus, possuindo os genes gag, pol, env e pX. Este último contém os genes reguladores tax e rex. Tax e Rex são as principais proteínas reguladoras do genoma viral, sendo que Tax regula a transcrição do genoma proviral indiretamente ao interagir com diferentes proteínas regulatórias celulares, principalmente genes de citocinas e protoncogenes, e Rex atua como um regulador pós-transcricional do genoma do HTLV-I ao controlar o processamento (splicing) do RNAm viral. Essa infecção é endêmica em diversas regiões do mundo, tais como Japão, vários países da África, Caribe e América do Sul. No Brasil, Salvador é a cidade de maior prevalência, atingindo 1,7% da população geral. A maioria dos indivíduos infectados pelo HTLV-I permanece assintomática no decorrer de suas vidas, correspondendo a aproximadamente 95%. Dos indivíduos sintomáticos, alguns desenvolvem PET e outros, LLTA, sem que suas fisiopatogenias estejam perfeitamente esclarecidas. O diagnóstico rotineiro da infecção causada pelo HTLV-I baseia-se na detecção sorológica de anticorpos específicos para antígenos das diferentes porções do vírus ou através da pesquisa de seqüências genômicas provirais em células mononucleares periféricas. Ainda não existe nenhum estudo epidemiológico com bases populacionais e com metodologias adequadas sobre a infecção pelo HTLV-I que permita conhecer sua real prevalência no Brasil.
publisher Sociedade Brasileira de Patologia Clínica
publishDate 2005
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000200008
work_keys_str_mv AT santosfredlucianoneves epidemiologiafisiopatogeniaediagnosticolaboratorialdainfeccaopelohtlvi
AT limafernandawashingtondemendonca epidemiologiafisiopatogeniaediagnosticolaboratorialdainfeccaopelohtlvi
_version_ 1756427416454037504