Uso de rituximabe em adultos jovens com diagnóstico de artrite idiopática juvenil refratária ao tratamento convencional: relato de 6 casos
Resumo A artrite idiopática juvenil (AIJ) é a doença reumática mais frequente na infância. Sem terapia efetiva, os pacientes podem evoluir rapidamente para incapacidade funcional. Recentemente, a depleção dos linfócitos B surgiu como nova abordagem para o tratamento de doenças autoimunes, incluindo a AIJ. Descrevemos seis casos de pacientes com AIJ, acompanhados em um centro de referência em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica, submetidos ao tratamento com rituximabe (RTX) após refratariedade a três anti-TNF. Os pacientes receberam ciclos de RTX com duas infusões a cada seis meses. A resposta ao tratamento foi avaliada pelo DAS28, HAQ/CHAQ, avaliação global do médico e do paciente. Dos seis pacientes, quatro eram meninas (média de idade de início da doença: 6,1 anos; média de tempo de evolução de doença: 15,1 anos; média de idade ao receber RTX: 21,6 anos). Quatro pacientes pertenciam ao subtipo poliarticular (um fator reumatoide (FR) negativo, três FR positivo), um com AIJ subtipo sistêmico com evolução poliarticular e um com artrite relacionada à entesite. Dos seis pacientes, cinco responderam ao tratamento e durante a evolução de 12 meses a resposta clínica foi mantida, embora não sustentada. No entanto, a descontinuação por reações infusionais motivou a suspensão do RTX em dois pacientes. O uso do RTX em AIJ é restrito aos casos refratários a outros biológicos e, mesmo tendo sido feito em um número pequeno de pacientes e de forma tardia, mostrou ser uma opção terapêutica eficaz.
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Sociedade Brasileira de Reumatologia
2015
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oai:scielo:S0482-500420150006005362015-12-14Uso de rituximabe em adultos jovens com diagnóstico de artrite idiopática juvenil refratária ao tratamento convencional: relato de 6 casosSakamoto,Ana PaulaPinheiro,Marcelo MBarbosa,Cássia Maria Passarelli LupoliFraga,Melissa MaritiLen,Claudio ArnaldoTerreri,Maria Teresa Artrite idiopática juvenil Crianças Rituximabe Refratariedade Resumo A artrite idiopática juvenil (AIJ) é a doença reumática mais frequente na infância. Sem terapia efetiva, os pacientes podem evoluir rapidamente para incapacidade funcional. Recentemente, a depleção dos linfócitos B surgiu como nova abordagem para o tratamento de doenças autoimunes, incluindo a AIJ. Descrevemos seis casos de pacientes com AIJ, acompanhados em um centro de referência em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica, submetidos ao tratamento com rituximabe (RTX) após refratariedade a três anti-TNF. Os pacientes receberam ciclos de RTX com duas infusões a cada seis meses. A resposta ao tratamento foi avaliada pelo DAS28, HAQ/CHAQ, avaliação global do médico e do paciente. Dos seis pacientes, quatro eram meninas (média de idade de início da doença: 6,1 anos; média de tempo de evolução de doença: 15,1 anos; média de idade ao receber RTX: 21,6 anos). Quatro pacientes pertenciam ao subtipo poliarticular (um fator reumatoide (FR) negativo, três FR positivo), um com AIJ subtipo sistêmico com evolução poliarticular e um com artrite relacionada à entesite. Dos seis pacientes, cinco responderam ao tratamento e durante a evolução de 12 meses a resposta clínica foi mantida, embora não sustentada. No entanto, a descontinuação por reações infusionais motivou a suspensão do RTX em dois pacientes. O uso do RTX em AIJ é restrito aos casos refratários a outros biológicos e, mesmo tendo sido feito em um número pequeno de pacientes e de forma tardia, mostrou ser uma opção terapêutica eficaz.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de ReumatologiaRevista Brasileira de Reumatologia v.55 n.6 20152015-12-01info:eu-repo/semantics/othertext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000600536pt10.1016/j.rbr.2014.12.015 |
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Resumo A artrite idiopática juvenil (AIJ) é a doença reumática mais frequente na infância. Sem terapia efetiva, os pacientes podem evoluir rapidamente para incapacidade funcional. Recentemente, a depleção dos linfócitos B surgiu como nova abordagem para o tratamento de doenças autoimunes, incluindo a AIJ. Descrevemos seis casos de pacientes com AIJ, acompanhados em um centro de referência em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica, submetidos ao tratamento com rituximabe (RTX) após refratariedade a três anti-TNF. Os pacientes receberam ciclos de RTX com duas infusões a cada seis meses. A resposta ao tratamento foi avaliada pelo DAS28, HAQ/CHAQ, avaliação global do médico e do paciente. Dos seis pacientes, quatro eram meninas (média de idade de início da doença: 6,1 anos; média de tempo de evolução de doença: 15,1 anos; média de idade ao receber RTX: 21,6 anos). Quatro pacientes pertenciam ao subtipo poliarticular (um fator reumatoide (FR) negativo, três FR positivo), um com AIJ subtipo sistêmico com evolução poliarticular e um com artrite relacionada à entesite. Dos seis pacientes, cinco responderam ao tratamento e durante a evolução de 12 meses a resposta clínica foi mantida, embora não sustentada. No entanto, a descontinuação por reações infusionais motivou a suspensão do RTX em dois pacientes. O uso do RTX em AIJ é restrito aos casos refratários a outros biológicos e, mesmo tendo sido feito em um número pequeno de pacientes e de forma tardia, mostrou ser uma opção terapêutica eficaz. |
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