O ombro em uma linha de produção: estudo clínico e ultrassonográfico
INTRODUÇÃO: A correlação entre dor no ombro, exame físico e ultrassonografias anormais é controversa no cenário ocupacional. OBJETIVO: Estabelecer a associação entre dor, exame físico e ultrassonografia em trabalhadores de uma indústria farmacêutica. PACIENTES E MÉTODOS: Cem trabalhadores foram convidados a participar do estudo e submetidos aos critérios de inclusão e exclusão; 93 foram incluídos neste estudo. Todos assinaram termo de consentimento e tiveram exame físico realizado por um dos autores. O exame ultrassonográfico foi realizado, no máximo, após um mês do exame físico por um operador experiente, que desconhecia o quadro clínico. RESULTADOS: houve correlação estatística entre dor e manobras clínicas, em 57 ombros, para o tendão supraespinhal (SE) (P = 0,000), e nenhuma correlação com as manobras para o tendão do bíceps (P > 0,05). Na comparação entre os achados clínicos e a ultrassonografia, as manobras de Neer, Hawkins e Jobe tiveram associação estatística (P < 0,05). A associação entre dor e ultrassonografia alterada foi estatisticamente significativa (16 dentre 57 ombros com dor, com P < 0,05), porém houve falsa-positividade significativa de achados ultrassonográficos em ombros assintomáticos (sete ombros). CONCLUSÃO: O diagnóstico preciso é um processo complexo que requer a associação de anamnese clínica e ocupacional, exame físico acurado e ultrassonografia realizada por um operador experiente.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Reumatologia
2009
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042009000400005 |
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oai:scielo:S0482-500420090004000052009-08-04O ombro em uma linha de produção: estudo clínico e ultrassonográficoMaeda,Ernesto YouitiHelfenstein Jr.,MiltonAscencio,João Eduardo BarileFeldman,Daniel medicina do trabalho dor de ombro LER/DORT distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho ultrassonografia em ombro doenças profissionais INTRODUÇÃO: A correlação entre dor no ombro, exame físico e ultrassonografias anormais é controversa no cenário ocupacional. OBJETIVO: Estabelecer a associação entre dor, exame físico e ultrassonografia em trabalhadores de uma indústria farmacêutica. PACIENTES E MÉTODOS: Cem trabalhadores foram convidados a participar do estudo e submetidos aos critérios de inclusão e exclusão; 93 foram incluídos neste estudo. Todos assinaram termo de consentimento e tiveram exame físico realizado por um dos autores. O exame ultrassonográfico foi realizado, no máximo, após um mês do exame físico por um operador experiente, que desconhecia o quadro clínico. RESULTADOS: houve correlação estatística entre dor e manobras clínicas, em 57 ombros, para o tendão supraespinhal (SE) (P = 0,000), e nenhuma correlação com as manobras para o tendão do bíceps (P > 0,05). Na comparação entre os achados clínicos e a ultrassonografia, as manobras de Neer, Hawkins e Jobe tiveram associação estatística (P < 0,05). A associação entre dor e ultrassonografia alterada foi estatisticamente significativa (16 dentre 57 ombros com dor, com P < 0,05), porém houve falsa-positividade significativa de achados ultrassonográficos em ombros assintomáticos (sete ombros). CONCLUSÃO: O diagnóstico preciso é um processo complexo que requer a associação de anamnese clínica e ocupacional, exame físico acurado e ultrassonografia realizada por um operador experiente.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de ReumatologiaRevista Brasileira de Reumatologia v.49 n.4 20092009-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042009000400005pt10.1590/S0482-50042009000400005 |
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