Stress ocupacional em profissionais de segurança pública: um estudo com militares da Guarda Nacional Republicana

Este trabalho analisa o "stress" ocupacional em 95 militares da Guarda Nacional Republicana Portuguesa. Para tal, utilizámos um protocolo de avaliação com medidas do "stress" global, "burnout", "coping" proactivo, comprometimento organizacional, satisfação com a vida e satisfação/realização profissional. Os indicadores de fidelidade e validade dos instrumentos foram muito aceitáveis. Os resultados de "burnout" por dimensão apontaram níveis apreciáveis de exaustão emocional (12%), seguidos do cinismo (10%) e da baixa eficácia profissional (8%) (mas nenhum participante registou valores de "burnout" nas três dimensões, em simultâneo), observando-se também variáveis distintas na predição destas três áreas. A análise discriminante entre subgrupos da amostra permitiu verificar dois aspectos principais: (a) menores níveis de comprometimento organizacional e maior utilização de "coping" proactivo nos militares mais novos e/ou inexperientes e (b) maior desejo de abandonar o emprego/trabalho bem como maior cinismo parecem identificar os profissionais mais velhos e/ou mais experientes. No final, os autores discutem a importância de a investigação futura analisar os efeitos da maior tendência para o cinismo com o aumento da idade dos participantes e os efeitos do menor comprometimento organizacional por parte dos mais novos em termos da sua eficácia profissional.

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Bibliographic Details
Main Authors: Afonso,Jorge M. P., Gomes,A. Rui
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722009000200017
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Summary:Este trabalho analisa o "stress" ocupacional em 95 militares da Guarda Nacional Republicana Portuguesa. Para tal, utilizámos um protocolo de avaliação com medidas do "stress" global, "burnout", "coping" proactivo, comprometimento organizacional, satisfação com a vida e satisfação/realização profissional. Os indicadores de fidelidade e validade dos instrumentos foram muito aceitáveis. Os resultados de "burnout" por dimensão apontaram níveis apreciáveis de exaustão emocional (12%), seguidos do cinismo (10%) e da baixa eficácia profissional (8%) (mas nenhum participante registou valores de "burnout" nas três dimensões, em simultâneo), observando-se também variáveis distintas na predição destas três áreas. A análise discriminante entre subgrupos da amostra permitiu verificar dois aspectos principais: (a) menores níveis de comprometimento organizacional e maior utilização de "coping" proactivo nos militares mais novos e/ou inexperientes e (b) maior desejo de abandonar o emprego/trabalho bem como maior cinismo parecem identificar os profissionais mais velhos e/ou mais experientes. No final, os autores discutem a importância de a investigação futura analisar os efeitos da maior tendência para o cinismo com o aumento da idade dos participantes e os efeitos do menor comprometimento organizacional por parte dos mais novos em termos da sua eficácia profissional.