CONTÍNUO RACIAL, MOBILIDADE SOCIAL E “EMBRANQUECIMENTO”

Pesquisas sobre raça no Brasil têm, há bastante tempo, reconhecido que categorias raciais são baseadas em distinções de cores da pele ao longo de um contínuo preto-branco. Contudo, evidências quantitativas sobre desigualdade social são baseadas na dicotomia branco versus não-branco (pardo e preto) ou na categorização em trio (branco, pardo e preto). Esta maneira de utilizar a variável contribuiu para demonstrar os altos níveis de desigualdade racial. Este achado, entretanto, é frequentemente questionado devido a outro aspecto: a alta ambiguidade na classificação racial e a possibilidade de “embranquecimento” com dinheiro ou com mobilidade social ascendente. Se esta última característica é verdadeira, é difícil fazer uma medição de desigualdade social que seja confiável. Para lidar diretamente com este problema, meço o “contínuo de cores da pele” através da combinação de respostas a uma pergunta aberta (de livre escolha para os respondentes) e a uma pergunta fechada (com categorias censitárias) sobre cores da pele. Implementei simulações contrafactuais para avaliar os possíveis efeitos do “embranquecimento com dinheiro” em realizações educacionais, ocupacionais e econômicas.

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Main Author: Ribeiro,Carlos Antonio Costa
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCS 2017
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092017000300512
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spelling oai:scielo:S0102-690920170003005122017-11-06CONTÍNUO RACIAL, MOBILIDADE SOCIAL E “EMBRANQUECIMENTO”Ribeiro,Carlos Antonio Costa Mobilidade social Relações de raça Classificação racial Desigualdade de oportunidades Estratificação social Pesquisas sobre raça no Brasil têm, há bastante tempo, reconhecido que categorias raciais são baseadas em distinções de cores da pele ao longo de um contínuo preto-branco. Contudo, evidências quantitativas sobre desigualdade social são baseadas na dicotomia branco versus não-branco (pardo e preto) ou na categorização em trio (branco, pardo e preto). Esta maneira de utilizar a variável contribuiu para demonstrar os altos níveis de desigualdade racial. Este achado, entretanto, é frequentemente questionado devido a outro aspecto: a alta ambiguidade na classificação racial e a possibilidade de “embranquecimento” com dinheiro ou com mobilidade social ascendente. Se esta última característica é verdadeira, é difícil fazer uma medição de desigualdade social que seja confiável. Para lidar diretamente com este problema, meço o “contínuo de cores da pele” através da combinação de respostas a uma pergunta aberta (de livre escolha para os respondentes) e a uma pergunta fechada (com categorias censitárias) sobre cores da pele. Implementei simulações contrafactuais para avaliar os possíveis efeitos do “embranquecimento com dinheiro” em realizações educacionais, ocupacionais e econômicas.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais - ANPOCSRevista Brasileira de Ciências Sociais v.32 n.95 20172017-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092017000300512pt10.17666/329503/2017
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