Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical
O presente estudo avaliou: 1) se a diversidade da ictiofauna de águas rasas do Rio Formoso (Pernambuco) varia entre as zonas estuarinas superior e inferior, e entre os períodos seco e chuvoso e 2) se houve diferenças espaciais e temporais nas categorias tróficas dessa ictiofauna. Os peixes foram coletados bimestralmente com rede-de-arrasto tipo mangote. Foram coletados 5475 indivíduos pertencentes a 78 espécies, sendo 51,3% de origem recifal. Carangidae e Gerreidae tiveram a maior riqueza específica, enquanto Clupeidae, Engraulidae e Gerreidae a maior abundância. Entre as espécies dominantes (89%), destaca-se Rhinosardinia amazonica (36%). A maioria da ictiofauna é predadora (75%) e com hábito alimentar carnívoro de 2ª. ordem (37,5%). A diversidade foi significativamente mais elevada na zona superior do estuário. A zona superior do estuário é, provavelmente, mais produtiva devido a sua maior complexidade morfológica, à maior abundância de Rhizophora mangle (abrigo e refúgio para vários peixes) e ao sedimento lamoso. O Fator de Contribuição Trófica (FCT) de detritos foi maior na zona estuarina superior, onde há maior teor de silte e argila. O FTC para a produção primária foi mais elevado na zona estuarina média, onde há uma maior biomassa fitoplanctônica. A maioria das espécies encontrava-se em ecofase jovem, evidenciando a importância das águas rasas deste estuário tropical como criadouro natural e abrigo para vários peixes de importância ecológica e econômica.
Main Authors: | , , |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Brasileira de Zoologia
2008
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752008000400010 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
id |
oai:scielo:S0101-81752008000400010 |
---|---|
record_format |
ojs |
spelling |
oai:scielo:S0101-817520080004000102009-01-15Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropicalPaiva,Andréa C. G. deChaves,Paulo de Tarso da C.Araújo,Maria E. de Ictiofauna alimentação manguezais Pernambuco O presente estudo avaliou: 1) se a diversidade da ictiofauna de águas rasas do Rio Formoso (Pernambuco) varia entre as zonas estuarinas superior e inferior, e entre os períodos seco e chuvoso e 2) se houve diferenças espaciais e temporais nas categorias tróficas dessa ictiofauna. Os peixes foram coletados bimestralmente com rede-de-arrasto tipo mangote. Foram coletados 5475 indivíduos pertencentes a 78 espécies, sendo 51,3% de origem recifal. Carangidae e Gerreidae tiveram a maior riqueza específica, enquanto Clupeidae, Engraulidae e Gerreidae a maior abundância. Entre as espécies dominantes (89%), destaca-se Rhinosardinia amazonica (36%). A maioria da ictiofauna é predadora (75%) e com hábito alimentar carnívoro de 2ª. ordem (37,5%). A diversidade foi significativamente mais elevada na zona superior do estuário. A zona superior do estuário é, provavelmente, mais produtiva devido a sua maior complexidade morfológica, à maior abundância de Rhizophora mangle (abrigo e refúgio para vários peixes) e ao sedimento lamoso. O Fator de Contribuição Trófica (FCT) de detritos foi maior na zona estuarina superior, onde há maior teor de silte e argila. O FTC para a produção primária foi mais elevado na zona estuarina média, onde há uma maior biomassa fitoplanctônica. A maioria das espécies encontrava-se em ecofase jovem, evidenciando a importância das águas rasas deste estuário tropical como criadouro natural e abrigo para vários peixes de importância ecológica e econômica.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de ZoologiaRevista Brasileira de Zoologia v.25 n.4 20082008-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752008000400010pt10.1590/S0101-81752008000400010 |
institution |
SCIELO |
collection |
OJS |
country |
Brasil |
countrycode |
BR |
component |
Revista |
access |
En linea |
databasecode |
rev-scielo-br |
tag |
revista |
region |
America del Sur |
libraryname |
SciELO |
language |
Portuguese |
format |
Digital |
author |
Paiva,Andréa C. G. de Chaves,Paulo de Tarso da C. Araújo,Maria E. de |
spellingShingle |
Paiva,Andréa C. G. de Chaves,Paulo de Tarso da C. Araújo,Maria E. de Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
author_facet |
Paiva,Andréa C. G. de Chaves,Paulo de Tarso da C. Araújo,Maria E. de |
author_sort |
Paiva,Andréa C. G. de |
title |
Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
title_short |
Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
title_full |
Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
title_fullStr |
Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
title_full_unstemmed |
Estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
title_sort |
estrutura e organização trófica da ictiofauna de águas rasas em um estuário tropical |
description |
O presente estudo avaliou: 1) se a diversidade da ictiofauna de águas rasas do Rio Formoso (Pernambuco) varia entre as zonas estuarinas superior e inferior, e entre os períodos seco e chuvoso e 2) se houve diferenças espaciais e temporais nas categorias tróficas dessa ictiofauna. Os peixes foram coletados bimestralmente com rede-de-arrasto tipo mangote. Foram coletados 5475 indivíduos pertencentes a 78 espécies, sendo 51,3% de origem recifal. Carangidae e Gerreidae tiveram a maior riqueza específica, enquanto Clupeidae, Engraulidae e Gerreidae a maior abundância. Entre as espécies dominantes (89%), destaca-se Rhinosardinia amazonica (36%). A maioria da ictiofauna é predadora (75%) e com hábito alimentar carnívoro de 2ª. ordem (37,5%). A diversidade foi significativamente mais elevada na zona superior do estuário. A zona superior do estuário é, provavelmente, mais produtiva devido a sua maior complexidade morfológica, à maior abundância de Rhizophora mangle (abrigo e refúgio para vários peixes) e ao sedimento lamoso. O Fator de Contribuição Trófica (FCT) de detritos foi maior na zona estuarina superior, onde há maior teor de silte e argila. O FTC para a produção primária foi mais elevado na zona estuarina média, onde há uma maior biomassa fitoplanctônica. A maioria das espécies encontrava-se em ecofase jovem, evidenciando a importância das águas rasas deste estuário tropical como criadouro natural e abrigo para vários peixes de importância ecológica e econômica. |
publisher |
Sociedade Brasileira de Zoologia |
publishDate |
2008 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752008000400010 |
work_keys_str_mv |
AT paivaandreacgde estruturaeorganizacaotroficadaictiofaunadeaguasrasasemumestuariotropical AT chavespaulodetarsodac estruturaeorganizacaotroficadaictiofaunadeaguasrasasemumestuariotropical AT araujomariaede estruturaeorganizacaotroficadaictiofaunadeaguasrasasemumestuariotropical |
_version_ |
1756394578045304832 |