Parque do Flamengo: projetar a cidade, desenhando patrimônio

RESUMO Trata-se de uma narrativa sobre o processo de patrimonialização do Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, tombado em 1965 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan. O Parque foi projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy e o paisagista Roberto Burle Marx, ligados à “escola carioca” de arquitetura moderna. O artigo estabelece conexões entre esse processo e a constituição do campo arquitetônico no Brasil, abordando as políticas de proteção de bens arquitetônicos e paisagísticos modernos promovidas pelo Iphan. Essas análises estão situadas no bojo do intenso processo de reformas urbanas implementadas na cidade do Rio de Janeiro, no governo de Carlos Lacerda, primeiro governador do estado da Guanabara, no conturbado contexto político nacional de golpe militar e instalação do regime autoritário no Brasil. O artigo explora ainda os valores de patrimônio acionados na preservação do Parque do Flamengo no contexto em que o Rio de Janeiro torna-se palco de grandes eventos esportivos e recebe o título da Unesco de Patrimônio Mundial na categoria de Paisagem Cultural, ao passo que a agenda contemporânea do campo do patrimônio coloca na ordem do dia o debate sobre a sua função social. Espera-se contribuir com reflexões sobre patrimônio na chave do direito à cidade, problematizando o tradicional confronto entre preservação cultural e especulação imobiliária. O material empírico privilegiado foi o processo de tombamento do Parque do Flamengo e as atas do Conselho Consultivo do Iphan relacionadas ao assunto.

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Autor principal: CHUVA,MÁRCIA REGINA ROMEIRO
Formato: Digital revista
Idioma:Portuguese
Publicado em: Museu Paulista, Universidade de São Paulo 2017
Acesso em linha:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142017000300139
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!