Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil

OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde das mulheres encarceradas em penitenciária feminina. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo de março a setembro de 1997, em penitenciária feminina do Estado do Espírito Santo. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informações sociodemográficas, clínicas e criminais, registradas em questionário estruturado, seguida de exame clínico-ginecológico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram incluídas. A média de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas já haviam tido atividade sexual pregressa; a idade média do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam história de doença sexualmente transmissível (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grávidas no momento da entrevista. História de gravidez na adolescência foi freqüente. A maioria não adotava nenhum método contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubária foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSÕES: O conhecimento sobre problemas de saúde existentes dentro do sistema carcerário pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitação que lhe é conferido. Entretanto, somente a cooperação entre os órgãos de saúde pública e o sistema penitenciário pode produzir resultados eficientes.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Miranda,Angélica Espinosa, Merçon-de-Vargas,Paulo Roberto, Viana,Maria Carmen
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo 2004
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000200015
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
id oai:scielo:S0034-89102004000200015
record_format ojs
spelling oai:scielo:S0034-891020040002000152004-04-26Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, BrasilMiranda,Angélica EspinosaMerçon-de-Vargas,Paulo RobertoViana,Maria Carmen Saúde da mulher Prisões Sexualidade Condições de saúde Fatores socioeconômicos OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde das mulheres encarceradas em penitenciária feminina. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo de março a setembro de 1997, em penitenciária feminina do Estado do Espírito Santo. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informações sociodemográficas, clínicas e criminais, registradas em questionário estruturado, seguida de exame clínico-ginecológico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram incluídas. A média de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas já haviam tido atividade sexual pregressa; a idade média do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam história de doença sexualmente transmissível (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grávidas no momento da entrevista. História de gravidez na adolescência foi freqüente. A maioria não adotava nenhum método contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubária foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSÕES: O conhecimento sobre problemas de saúde existentes dentro do sistema carcerário pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitação que lhe é conferido. Entretanto, somente a cooperação entre os órgãos de saúde pública e o sistema penitenciário pode produzir resultados eficientes.info:eu-repo/semantics/openAccessFaculdade de Saúde Pública da Universidade de São PauloRevista de Saúde Pública v.38 n.2 20042004-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000200015pt10.1590/S0034-89102004000200015
institution SCIELO
collection OJS
country Brasil
countrycode BR
component Revista
access En linea
databasecode rev-scielo-br
tag revista
region America del Sur
libraryname SciELO
language Portuguese
format Digital
author Miranda,Angélica Espinosa
Merçon-de-Vargas,Paulo Roberto
Viana,Maria Carmen
spellingShingle Miranda,Angélica Espinosa
Merçon-de-Vargas,Paulo Roberto
Viana,Maria Carmen
Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
author_facet Miranda,Angélica Espinosa
Merçon-de-Vargas,Paulo Roberto
Viana,Maria Carmen
author_sort Miranda,Angélica Espinosa
title Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
title_short Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
title_full Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
title_fullStr Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
title_full_unstemmed Saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, Espírito Santo, Brasil
title_sort saúde sexual e reprodutiva em penitenciária feminina, espírito santo, brasil
description OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde das mulheres encarceradas em penitenciária feminina. MÉTODOS: Foi realizado estudo descritivo de março a setembro de 1997, em penitenciária feminina do Estado do Espírito Santo. Todas as presidiárias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informações sociodemográficas, clínicas e criminais, registradas em questionário estruturado, seguida de exame clínico-ginecológico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram incluídas. A média de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas já haviam tido atividade sexual pregressa; a idade média do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam história de doença sexualmente transmissível (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grávidas no momento da entrevista. História de gravidez na adolescência foi freqüente. A maioria não adotava nenhum método contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubária foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSÕES: O conhecimento sobre problemas de saúde existentes dentro do sistema carcerário pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitação que lhe é conferido. Entretanto, somente a cooperação entre os órgãos de saúde pública e o sistema penitenciário pode produzir resultados eficientes.
publisher Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
publishDate 2004
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000200015
work_keys_str_mv AT mirandaangelicaespinosa saudesexualereprodutivaempenitenciariafemininaespiritosantobrasil
AT mercondevargaspauloroberto saudesexualereprodutivaempenitenciariafemininaespiritosantobrasil
AT vianamariacarmen saudesexualereprodutivaempenitenciariafemininaespiritosantobrasil
_version_ 1756379066043203584