Anéis vasculares na infância: diagnóstico e tratamento
Objetivo: apresentar a experiência do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do HCFMUSP no diagnóstico e tratamento de crianças com anomalias do arco aórtico e definir a importância dos exames complementares para o diagnóstico. Métodos: estudo retrospectivo de 22 crianças com diagnóstico de compressão traqueoesofágica por anel vascular tratadas no Instituto da Criança, no período de 1985 a 2000, investigando-se dados clínicos pré e pós-operatórios, exames complementares e evolução. Resultados: a anomalia vascular mais freqüente foi artéria inominada direita anômala (10 casos), seguido de duplo arco aórtico (7 casos) e arco aórtico à direita (5 casos). Os sintomas predominantes foram respiratórios (86%) e de início precoce (76% desde o período neonatal). Entretanto, o diagnóstico definitivo na maioria dos casos (60%) só foi estabelecido após 1 ano de vida. O exame mais importante para o diagnóstico foi o esofagograma. A correção de todas anomalias foi realizada por toracotomia póstero-lateral esquerda. Não ocorreram complicações cirúrgicas. A evolução foi pior nos casos operados mais tardiamente. Todas as crianças permaneceram sintomáticas por até 6 meses, apesar de significativa melhora no pós-operatório. Conclusão: o diagnóstico de anel vascular deve ser investigado nas crianças com sintomas respiratórios de início precoce e nas "chiadoras" de difícil controle. O diagnóstico pode ser realizado de forma simples através do esofagograma. Os demais exames de imagem acrescentam poucas informações e são dispensáveis na maioria dos casos. Os sintomas respiratórios podem persistir com menor intensidade por períodos variáveis no pós-operatório.
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Sociedade Brasileira de Pediatria
2002
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oai:scielo:S0021-755720020003000142003-01-23Anéis vasculares na infância: diagnóstico e tratamentoLongo-Santos,Luis R.Maksoud-Filho,João G.Tannuri,UenisAndrade,Wagner C.Gonçalves,Manoel E.P.Cardoso,Silvia R.Maksoud,João G. Obstrução das vias respiratórias estenose traqueal bebê chiador estenose esofágica disfagia lusória anomalia da aorta torácica cirurgia da aorta torácica Objetivo: apresentar a experiência do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do HCFMUSP no diagnóstico e tratamento de crianças com anomalias do arco aórtico e definir a importância dos exames complementares para o diagnóstico. Métodos: estudo retrospectivo de 22 crianças com diagnóstico de compressão traqueoesofágica por anel vascular tratadas no Instituto da Criança, no período de 1985 a 2000, investigando-se dados clínicos pré e pós-operatórios, exames complementares e evolução. Resultados: a anomalia vascular mais freqüente foi artéria inominada direita anômala (10 casos), seguido de duplo arco aórtico (7 casos) e arco aórtico à direita (5 casos). Os sintomas predominantes foram respiratórios (86%) e de início precoce (76% desde o período neonatal). Entretanto, o diagnóstico definitivo na maioria dos casos (60%) só foi estabelecido após 1 ano de vida. O exame mais importante para o diagnóstico foi o esofagograma. A correção de todas anomalias foi realizada por toracotomia póstero-lateral esquerda. Não ocorreram complicações cirúrgicas. A evolução foi pior nos casos operados mais tardiamente. Todas as crianças permaneceram sintomáticas por até 6 meses, apesar de significativa melhora no pós-operatório. Conclusão: o diagnóstico de anel vascular deve ser investigado nas crianças com sintomas respiratórios de início precoce e nas "chiadoras" de difícil controle. O diagnóstico pode ser realizado de forma simples através do esofagograma. Os demais exames de imagem acrescentam poucas informações e são dispensáveis na maioria dos casos. Os sintomas respiratórios podem persistir com menor intensidade por períodos variáveis no pós-operatório.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatria v.78 n.3 20022002-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000300014pt10.1590/S0021-75572002000300014 |
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