Comportamento agronômico e avaliação tecnológica dos cultivares de trigo IAC 120 (Curumi), IAC 286 (Takaoka) e IAC 289 (Marruá) para o estado de São Paulo

Avaliaram-se os cultivares de trigo IAC 120 (Curumi), IAC 286 (Takaoka) e IAC 289 (Marruá) quanto à produtividade, às reações aos agentes causais das ferrugens do colmo e da folha (em condição de campo e de casa de vegetação) e à helmintosporiose, em experimentos instalados em solos corrigidos e não corrigidos em relação à acidez, em condição de sequeiro ou de irrigação por aspersão, em diferentes regiões paulistas em 1988-92. Avaliaram-se também os cultivares por testes de tolerância a ferro, alumínio e manganês, empregando-se soluções nutritivas, em laboratório, além das qualidades físicas de panificação das farinhas obtidas dos seus grãos e o teste final de panificação. A produtividade de grãos do IAC 120 superou a do BH 1146 e do IAC 24 (controle) em 19 e 14% respectivamente, nas condições de sequeiro. O IAC 289, nas mesmas condições de cultivo, apresentou produção de grãos 26 e 19% maior em relação às testemunhas Anahuac e IAC 24 e, em condição de irrigação, foi superior 13 e 9% em relação aos mesmos controles. O IAC 286 produziu 12 e 15% a mais que o Anahuac e o IAC 24 em condições de irrigação. Para a ferrugem do colmo (Puccinia graminis tritici), em casa de vegetação, o IAC 120 demonstrou suscetibilidade às raças G11, G19, G20 e G21; o IAC 286 apresentou resistência somente às raças G11 e G17; o BH 1146 mostrou-se sensível e o IAC 289 e o Anahuac, resistentes, a todas as raças testadas. Os testes para reação à ferrugem da folha (Puccinia recondita) em casa de vegetação demonstraram que os cultivares IAC 120, IAC 286, IAC 289, BH 1146 e Anahuac foram suscetíveis a essa doença, resultados esses confirmados nos testes de campo. Todos os cultivares em estudo se apresentaram sensíveis ao agente causal da helmintosporiose, com exceção do IAC 120, que revelou resistência maior em relação aos demais; o IAC 120 mostrou-se tolerante a Al3+ e Mn 2+ e sensível a Fe 2+; o IAC 286 foi tolerante a altas doses de Al3+ e sensível a Mn2+ e Fe 2+; o IAC 289 demonstrou-se tolerante a Fe 2+ e Mn2+, e sensível a Al3+. Nos testes de panificação, os novos cultivares revelaram qualidade satisfatória: o IAC 120 apresentou farinha de glúten médio a forte, e o IAC 286 e IAC 289, farinha de glúten médio.

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Bibliographic Details
Main Authors: Felicio,João Carlos, Camargo,Carlos Eduardo de Oliveira, Vitti,Policarpo, Campagnolli,Doralice Maria Falcirolli
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto Agronômico de Campinas 1994
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051994000200010
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