Adubação do algodoeiro: XIV - Experiências com mucuna e adubos minerais
Neste trabalho são apresentados os resultados de 10 experiências realizadas entre 1952-53 e 1954-55, para estudar o efeito, sôbre o algodoeiro, da adubação verde com mucuna preta (Stizolobium sp.) empregada sòzinha ou em conjunto com nitrogênio mineral, fósforo, potássio e suas possíveis combinações. Às experiências foram conduzidas no Planalto Paulista, em solos arenosos, derivados dos arenitos Bauru ou Botucatu. Quando se plantou a mucuna, os outros canteiros foram ocupados pelo algodoeiro, sem qualquer adubação. No ano seguinte é que todos êles foram subdivididos para a aplicação, ou não, dos adubos minerais. Quatro das experiências tiveram mais um ano de algodão, repetindo-se as adubações minerais, para verificar o efeito residual da mucuna. Em duas experiências, instaladas em áreas que ainda há poucos anos estavam cobertas de mata, nenhum dos tratamentos estudados aumentou apreciavelmente a produção do algodoeiro. Na média das demais, em solos bastante cultivados, o efeito do potássio foi pràticamente nulo e, o do fósforo, apenas sofrível. As áreas utilizadas não eram pobres de potássio e em vários casos haviam recebido fósforo nas culturas anteriores. Mesmo na ausência da mucuna, as respostas ao nitrogênio mineral não foram satisfatórias, o que se atribui à aplicação tardia de parte ou de tôda a dose. O efeito imediato da mucuna, em média das oito experiências em solos maia cultivados, correspondeu a +355 kg/ha (+37%) na ausência, baixando para +280 kg/ha na presença do nitrogênio mineral. Enquanto a presença do fósforo o tornou mais pronunciado, a do potássio praticamente não o modificou. A adubação com mucuna + fósforo, que se mostrou quase tão eficiente quanto outras mais dispendiosas, aumentou a produção de 51%. Nas quatro experiências que tiveram mais um ano de algodão, o efeito residual da mucuna correspondeu, em média, a tão somente 14% do efeito imediato.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Instituto Agronômico de Campinas
1963
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oai:scielo:S0006-870519630001000262010-02-23Adubação do algodoeiro: XIV - Experiências com mucuna e adubos mineraisCavaleri,Popílio AngeloFuzzato,Milton G.Freire,E. S.Neste trabalho são apresentados os resultados de 10 experiências realizadas entre 1952-53 e 1954-55, para estudar o efeito, sôbre o algodoeiro, da adubação verde com mucuna preta (Stizolobium sp.) empregada sòzinha ou em conjunto com nitrogênio mineral, fósforo, potássio e suas possíveis combinações. Às experiências foram conduzidas no Planalto Paulista, em solos arenosos, derivados dos arenitos Bauru ou Botucatu. Quando se plantou a mucuna, os outros canteiros foram ocupados pelo algodoeiro, sem qualquer adubação. No ano seguinte é que todos êles foram subdivididos para a aplicação, ou não, dos adubos minerais. Quatro das experiências tiveram mais um ano de algodão, repetindo-se as adubações minerais, para verificar o efeito residual da mucuna. Em duas experiências, instaladas em áreas que ainda há poucos anos estavam cobertas de mata, nenhum dos tratamentos estudados aumentou apreciavelmente a produção do algodoeiro. Na média das demais, em solos bastante cultivados, o efeito do potássio foi pràticamente nulo e, o do fósforo, apenas sofrível. As áreas utilizadas não eram pobres de potássio e em vários casos haviam recebido fósforo nas culturas anteriores. Mesmo na ausência da mucuna, as respostas ao nitrogênio mineral não foram satisfatórias, o que se atribui à aplicação tardia de parte ou de tôda a dose. O efeito imediato da mucuna, em média das oito experiências em solos maia cultivados, correspondeu a +355 kg/ha (+37%) na ausência, baixando para +280 kg/ha na presença do nitrogênio mineral. Enquanto a presença do fósforo o tornou mais pronunciado, a do potássio praticamente não o modificou. A adubação com mucuna + fósforo, que se mostrou quase tão eficiente quanto outras mais dispendiosas, aumentou a produção de 51%. Nas quatro experiências que tiveram mais um ano de algodão, o efeito residual da mucuna correspondeu, em média, a tão somente 14% do efeito imediato.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto Agronômico de CampinasBragantia v.22 n.unico 19631963-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051963000100026pt10.1590/S0006-87051963000100026 |
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