Adubação da mamoneira II: experiências de espaçamento x adubação

Para estudar a influência do espaçamento sôbre o efeito dos três nutrientes essenciais na cultura da mamoneira anã, variedade IA-38, em-1951-52 foram instaladas quatro experiências nas Estações Experimentais de Ribeirão Prêto (terra-roxa legítima), Mococa (solo massapê-salmourão), Jahú (teira-roxa-misturada) e Campinas (terra-roxa-misturada). Enquanto as três últimas só foram conduzidas durante um ano agrícola, a de Ribeirão Prêto foi continuada em 1052-53 com as mesmas plantas e sem nova adubação. Em tôdas elas se usaram, num esquema fatorial com fusão parcial das interações espaçamentos x fósforo x potássio, três espaçamentos (1,50x1,20, 1,00x0,90 e 1,00x0,45m), três níveis de fósforo (0, 60 e 120 kg/ha de P2O5)e três de potássio (0, 30 e 60 kg/ha de K2O); nas de Ribeirão Preto e Mococa a metade de cada canteiro recebeu 46,5 kg/ha de N. O azôto, o fósforo e o potássio foram empregados respectivamente nas formas de salitre do Chile, superfosfato e cloreto de potássio. O primeiro adubo foi aplicado em cobertura: os dois últimos o foram nos sulcos de plantio, ao ser êste efetuado. Nas experiências de Ribeirão Prêto, Jahú e Mococa, que se desenvolveram em condições relativamente favoráveis, em média de tôdas as adubações as produções foram bem menores com o espaçamento largo do que com o médio ou o estreito, pouco diferindo as obtidas com os dois últimos. Os três nutrientes estudados, principalmente o azôto e o potássio, tiveram grande influência na determinação do melhor espaçamento: na ausência dêles a vantagem do aumento da densidade de plantas foi pequena ou nula, ao passo que na sua presença ela se tornou considerável. Correspondentemente, as respostas a êsses nutirentes, sobretudo ao azôto e ao potássio, que foram pequenas, nulas ou mesmo negativas com o espaçamento largo, elevaram-se consideravelmente quando se usaram os espaçamentos mais cerrados. Na experiência de Campinas, realizada em condições precárias, sobretudo por anormal deficiência de umidade, a produção foi muito pequena, a diminuição do espaçamento não a aumentou e as respostas ao fósforo e ao potássio foram maiores com o espaçamento mais largo. O espaçamento largo usado nas presentes experiências foi muito mais estreito que os adotados nas antigas experiências de adubação da mamoneira. Daí concluírem os autores que o uso de espaçamentos excessivamente largos deve ter concorrido apreciàvel-mente para diminuir o efeito das adubações então experimentadas.

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Bibliographic Details
Main Authors: Canecchio Filho,Vicente, Freire,E. S.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto Agronômico de Campinas 1959
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051959000100007
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