Adubação do algodoeiro: IV - Ensaios sôbre época de aplicação de azôto e potássio
Neste artigo os autores relatam os resultados obtidos em 10 ensaios, instalados em sete diferentes localidades e abrangendo os principais tipos de solo do Estado de São Paulo. Esses ensaios foram realizados entre 1949-50 e 1953-54 e, excetuando-se um, foram conduzidos por dois ou três anos nos mesmo...
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Published: |
Instituto Agronômico de Campinas
1957
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oai:scielo:S0006-870519570001000202010-05-10Adubação do algodoeiro: IV - Ensaios sôbre época de aplicação de azôto e potássioNeves,O. S.Freire,E. S.Neste artigo os autores relatam os resultados obtidos em 10 ensaios, instalados em sete diferentes localidades e abrangendo os principais tipos de solo do Estado de São Paulo. Esses ensaios foram realizados entre 1949-50 e 1953-54 e, excetuando-se um, foram conduzidos por dois ou três anos nos mesmos canteiros, fornecendo, ao todo, 22 resultados anuais. O objetivo em mira foi estudar a melhor época para a aplicação do azôto e do potássio, sendo estes nutrientes, assim como o fósforo, empregados sozinhos ou em diversas combinações. O azôto foi usado na forma de salitre do Chile e, conforme o ensaio, nas doses de 20 ou 30 kg/ha de N; o fósforo como superfosfato, na dose de 60 kg/ha de P2O5; o potássio como cloreto, nas doses de 30 ou 40 kg/ha de K2O. Em média dos ensaios, o efeito do azôto aplicado em cobertura 30-40 dias após a emergência das plantas foi muito superior ao do empregado por ocasião do plantio, nos sulcos destinados às sementes, sendo também maior que o da aplicação em cobertura feita 60-80 dias após a emergência. O fracionamento da dose de azôto em duas porções iguais - estudado em quatro ensaios, compreendendo oito resultados anuais - mostrou-se ainda superior à aplicação da dose total 30-40 dias após a emergência. Quando as duas porções- foram aplicadas em cobertura o efeito do azôto foi bem maior que nas combinações de épocas em que uma das porções foi empregada por ocasião do plantio. Um exame retrospectivo, baseado nos presentes ensaios e nos relatados em artigo anterior, perfazendo 30 resultados anuais, confirmou integralmente as conclusões acima, mostrando que é inútil tentar-se avaliar o efeito dos adubos azotados solúveis empregando-os nos sulcos de plantio, conforme o hábito arraigado em nosso meio, e que a aplicação em cobertura, pouco antes ou logo que aparecerem no algodoal os primeiros botões florais, geralmente dá bons resultados. Nos ensaios em que se pôde determinar a influência das épocas de aplicação sobre o efeito do potássio, as aplicações em cobertura se mostraram inferiores ao emprego nos sulcos de plantio. Neste caso, porém, os resultados só foram satisfatórios quando choveu nos dias imediatos à semeação. Aplicado em cobertura, aparentemente o potássio não penetrou no solo em tempo útil para o algodoeiro; aplicado nos sulcos, êle ficou em posição acessível às raízes, mas, quando correu sêco o período que se seguiu ao plantio, prejudicou o "stand" e a produção. Sendo geralmente pequeno o risco de lixiviação imediata do potássio, sugere-se que êle seja aplicado antes ou por ocasião do plantio, em posição de fácil acesso às raízes, mas não em contato com as sementes.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto Agronômico de CampinasBragantia v.16 n.unico 19571957-01-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051957000100020pt10.1590/S0006-87051957000100020 |
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Neste artigo os autores relatam os resultados obtidos em 10 ensaios, instalados em sete diferentes localidades e abrangendo os principais tipos de solo do Estado de São Paulo. Esses ensaios foram realizados entre 1949-50 e 1953-54 e, excetuando-se um, foram conduzidos por dois ou três anos nos mesmos canteiros, fornecendo, ao todo, 22 resultados anuais. O objetivo em mira foi estudar a melhor época para a aplicação do azôto e do potássio, sendo estes nutrientes, assim como o fósforo, empregados sozinhos ou em diversas combinações. O azôto foi usado na forma de salitre do Chile e, conforme o ensaio, nas doses de 20 ou 30 kg/ha de N; o fósforo como superfosfato, na dose de 60 kg/ha de P2O5; o potássio como cloreto, nas doses de 30 ou 40 kg/ha de K2O. Em média dos ensaios, o efeito do azôto aplicado em cobertura 30-40 dias após a emergência das plantas foi muito superior ao do empregado por ocasião do plantio, nos sulcos destinados às sementes, sendo também maior que o da aplicação em cobertura feita 60-80 dias após a emergência. O fracionamento da dose de azôto em duas porções iguais - estudado em quatro ensaios, compreendendo oito resultados anuais - mostrou-se ainda superior à aplicação da dose total 30-40 dias após a emergência. Quando as duas porções- foram aplicadas em cobertura o efeito do azôto foi bem maior que nas combinações de épocas em que uma das porções foi empregada por ocasião do plantio. Um exame retrospectivo, baseado nos presentes ensaios e nos relatados em artigo anterior, perfazendo 30 resultados anuais, confirmou integralmente as conclusões acima, mostrando que é inútil tentar-se avaliar o efeito dos adubos azotados solúveis empregando-os nos sulcos de plantio, conforme o hábito arraigado em nosso meio, e que a aplicação em cobertura, pouco antes ou logo que aparecerem no algodoal os primeiros botões florais, geralmente dá bons resultados. Nos ensaios em que se pôde determinar a influência das épocas de aplicação sobre o efeito do potássio, as aplicações em cobertura se mostraram inferiores ao emprego nos sulcos de plantio. Neste caso, porém, os resultados só foram satisfatórios quando choveu nos dias imediatos à semeação. Aplicado em cobertura, aparentemente o potássio não penetrou no solo em tempo útil para o algodoeiro; aplicado nos sulcos, êle ficou em posição acessível às raízes, mas, quando correu sêco o período que se seguiu ao plantio, prejudicou o "stand" e a produção. Sendo geralmente pequeno o risco de lixiviação imediata do potássio, sugere-se que êle seja aplicado antes ou por ocasião do plantio, em posição de fácil acesso às raízes, mas não em contato com as sementes. |
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