Contribuição ao conhecimento do "bicho bôlo", praga da batatinha

Os tubérculos de batatinha provenientes de culturas feitas em terras marginais ao rio Paraíba, ricas em matéria orgânica, vêm sendo corroídos pelas larvas de um coleóptero denominadas "bicho bôlo", inutilizando grande parte da produção. Foi identificado como pertencente à família Seara-bseidae - Dyscinetus planatus (Burm., 1847) -. Constatações feitas pela Secção de Raízes e Tubérculos do Instituto Agronômico, em experiências de variedades, revelaram, em alguns casos, até 44% de ataque, como, por exemplo, o ocorrido em julho de 1951, na variedade "Krasava". Larvas coligidas em São José dos Campos, foram trazidas para o laboratório, juntamente com o solo da região, continuando a se nutrir e sofrendo metamorfose, Estas, de hábitos lucífugos, medem, quando adultas, cêrca de 35 mm de comprimento, e a largura ao meio do corpo, oscila ao redor de 9 mm, apresentando-se quase sempre recurvadas em forma de U. A pupa mede 21 mm de comprimento e, sob as condições de laboratório, o período pupal foi de 20 e 24 dias, Como inimigo natural, foi observado um fungo imperfeito, cuja identificação não foi ainda possível obter, chegando a destruir, em laboratório, mais de 90% dos lotes de larvas, atacando, também, as pupas e os adultos. Constatou-se ainda, em adultos mortos, a presença de grande número de ácaros, de espécie ainda não determinada. Resultados preliminares, de combate ao ''bicho bôlo" com "Gesarol .P", em doses baixas - 1.400, 2.150 e 2.800 gramas por hectare - não influíram sôbre a redução do ataque.

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Main Authors: Boock,O. J., Lordello,Luís Gonzaga E.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto Agronômico de Campinas 1952
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051952000100008
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