Resultados do transplante hepático em portadores de hepatocarcinoma
Racional - O hepatocarcinoma é uma das doenças malignas mais comuns em todo o mundo. O transplante hepático é boa opção terapêutica para os pacientes com hepatocarcinoma em fase inicial, alcançando índices de sobrevida semelhantes aos encontrados nos pacientes cirróticos transplantados sem malignidade hepática. Objetivo - Avaliar a evolução de pacientes cirróticos com hepatocarcinoma submetidos a transplante hepático no Serviço de Transplante Hepático do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Métodos - Estudo retrospectivo dos pacientes cirróticos com hepatocarcinoma submetidos a transplante ortotópico de fígado no período de setembro de 1991 a setembro de 2000. O diagnóstico do tumor foi estabelecido durante os exames pré-transplante em cinco doentes e foi achado incidental no fígado nativo em três. Nos pacientes com diagnóstico pré-operatório de hepatocarcinoma adotou-se como critério de elegibilidade para o transplante, a presença de tumor único de diâmetro <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 5 cm ou até três lesões com diâmetro <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 3 cm cada, ausência de invasão tumoral da veia porta ou de metástases extra-hepática. Foram avaliados como parâmetros principais a sobrevida do paciente e a ocorrência de recidiva tumoral após o transplante. Resultados - A principal causa de doença hepática pré-transplante foi a hepatite por vírus C (50%). No exame do fígado explantado, a maioria dos pacientes (6/8, 75%) tinha lesão única; um paciente tinha dois nódulos e em outro detectou-se hepatocarcinoma multifocal incidentalmente no fígado nativo. O tamanho do tumor variou de 0,2 a 5,0 cm. Nenhum dos casos apresentou invasão vascular ou linfonodal. Todos os pacientes permaneceram vivos e livres de recurrência tumoral durante o tempo do estudo, sendo a mediana de seguimento de 18,5 meses (variando de 5-29 meses). Conclusão - O transplante hepático é boa opção terapêutica nos pacientes cirróticos com hepatocarcinoma em fase inicial. Com seleção adequada, o transplante hepático oferece excelentes índices de sobrevida livre de recurrência tumoral.
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Format: | Digital revista |
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Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE.
2001
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oai:scielo:S0004-280320010004000022003-02-06Resultados do transplante hepático em portadores de hepatocarcinomaPAROLIN,Mônica BeatrizCOELHO,Júlio Cézar UiliMATIAS,Jorge E. FoutoPUCCINELLI,VanessaJARABIZA,RossanoIOSHII,Sérgio O. Transplante de fígado Hepatocarcinoma Doença hepática crônica Racional - O hepatocarcinoma é uma das doenças malignas mais comuns em todo o mundo. O transplante hepático é boa opção terapêutica para os pacientes com hepatocarcinoma em fase inicial, alcançando índices de sobrevida semelhantes aos encontrados nos pacientes cirróticos transplantados sem malignidade hepática. Objetivo - Avaliar a evolução de pacientes cirróticos com hepatocarcinoma submetidos a transplante hepático no Serviço de Transplante Hepático do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR. Métodos - Estudo retrospectivo dos pacientes cirróticos com hepatocarcinoma submetidos a transplante ortotópico de fígado no período de setembro de 1991 a setembro de 2000. O diagnóstico do tumor foi estabelecido durante os exames pré-transplante em cinco doentes e foi achado incidental no fígado nativo em três. Nos pacientes com diagnóstico pré-operatório de hepatocarcinoma adotou-se como critério de elegibilidade para o transplante, a presença de tumor único de diâmetro <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 5 cm ou até três lesões com diâmetro <FONT FACE=Symbol>£</FONT> 3 cm cada, ausência de invasão tumoral da veia porta ou de metástases extra-hepática. Foram avaliados como parâmetros principais a sobrevida do paciente e a ocorrência de recidiva tumoral após o transplante. Resultados - A principal causa de doença hepática pré-transplante foi a hepatite por vírus C (50%). No exame do fígado explantado, a maioria dos pacientes (6/8, 75%) tinha lesão única; um paciente tinha dois nódulos e em outro detectou-se hepatocarcinoma multifocal incidentalmente no fígado nativo. O tamanho do tumor variou de 0,2 a 5,0 cm. Nenhum dos casos apresentou invasão vascular ou linfonodal. Todos os pacientes permaneceram vivos e livres de recurrência tumoral durante o tempo do estudo, sendo a mediana de seguimento de 18,5 meses (variando de 5-29 meses). Conclusão - O transplante hepático é boa opção terapêutica nos pacientes cirróticos com hepatocarcinoma em fase inicial. Com seleção adequada, o transplante hepático oferece excelentes índices de sobrevida livre de recurrência tumoral.info:eu-repo/semantics/openAccessInstituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. Arquivos de Gastroenterologia v.38 n.4 20012001-10-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032001000400002pt10.1590/S0004-28032001000400002 |
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