Acuidade visual; refração e videoceratografia após a cirurgia do pterígio
RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da acuidade visual, refração e videoceratografia após 2ª cirurgia do pterígio. Material e Métodos: Setenta e quatro olhos com pterígio nasal primário classificados quanto ao comprimento em: Grupo I - pterígios ≤ 2mm (25 pacientes), Grupo II - pterígios > 2mm < 3,5mm (31pacientes) e Grupo III - pterígios ≥ 3,5mm ≤ 4,6mm (18 pacientes), foram submetidos à remoção cirúrgica do pterígio, utilizando a técnica de transplante livre de conjuntiva autóloga. Em todos os olhos foram realizados os seguintes exames oftalmológicos no pré-operatório e nos 1º, 3º e 6º meses após a cirurgia do pterígio: 1) biomicroscopia, 2) acuidade visual, 3) videoceratografia computadorizada e 4) refração. Resultados: a) Os pacientes dos Grupos II e III apresentaram, entre o período pré-operatório e o 1º, o 3º e o 6º meses após a cirurgia, as seguintes alterações ópticas: aumento da curvatura da córnea, redução do astigmatismo ceratométrico e, conseqüentemente, do astigmatismo refracional com melhora da acuidade visual. Tais alterações não ocorreram nos pacientes do Grupo I; b) No Grupo I predominou o padrão de astigmatismo topográfico regular em todas as etapas estudadas. O mesmo ocorreu no Grupo II, exceto no 1º mês de pós-operatório, quando predominou o padrão de astigmatismo irregular. No Grupo III predominaram os padrões regular e irregular. Conclusões: 1) Pacientes com pterígio ≤ 2mm de comprimento podem receber correção óptica até mesmo antes da remoção cirúrgica da lesão, e aqueles com pterígio > 2mm ≤ 4,6mm somente a partir do 1º mês de pós-operatório; 2) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior o astigmatismo ceratométrico induzido e maior sua redução após exérese do pterígio; 3) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior a tendência do astigmatismo topográfico ser irregular, mesmo após a remoção cirúrgica da lesão.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
1997
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oai:scielo:S0004-274919970005004702018-08-29Acuidade visual; refração e videoceratografia após a cirurgia do pterígioGarrido,CristinaCampos,Mauro Pterígio - cirurgia Astigmatismo Acuidade visual Refração Ceratometria Videoceratografia RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da acuidade visual, refração e videoceratografia após 2ª cirurgia do pterígio. Material e Métodos: Setenta e quatro olhos com pterígio nasal primário classificados quanto ao comprimento em: Grupo I - pterígios ≤ 2mm (25 pacientes), Grupo II - pterígios > 2mm < 3,5mm (31pacientes) e Grupo III - pterígios ≥ 3,5mm ≤ 4,6mm (18 pacientes), foram submetidos à remoção cirúrgica do pterígio, utilizando a técnica de transplante livre de conjuntiva autóloga. Em todos os olhos foram realizados os seguintes exames oftalmológicos no pré-operatório e nos 1º, 3º e 6º meses após a cirurgia do pterígio: 1) biomicroscopia, 2) acuidade visual, 3) videoceratografia computadorizada e 4) refração. Resultados: a) Os pacientes dos Grupos II e III apresentaram, entre o período pré-operatório e o 1º, o 3º e o 6º meses após a cirurgia, as seguintes alterações ópticas: aumento da curvatura da córnea, redução do astigmatismo ceratométrico e, conseqüentemente, do astigmatismo refracional com melhora da acuidade visual. Tais alterações não ocorreram nos pacientes do Grupo I; b) No Grupo I predominou o padrão de astigmatismo topográfico regular em todas as etapas estudadas. O mesmo ocorreu no Grupo II, exceto no 1º mês de pós-operatório, quando predominou o padrão de astigmatismo irregular. No Grupo III predominaram os padrões regular e irregular. Conclusões: 1) Pacientes com pterígio ≤ 2mm de comprimento podem receber correção óptica até mesmo antes da remoção cirúrgica da lesão, e aqueles com pterígio > 2mm ≤ 4,6mm somente a partir do 1º mês de pós-operatório; 2) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior o astigmatismo ceratométrico induzido e maior sua redução após exérese do pterígio; 3) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior a tendência do astigmatismo topográfico ser irregular, mesmo após a remoção cirúrgica da lesão.info:eu-repo/semantics/openAccessConselho Brasileiro de OftalmologiaArquivos Brasileiros de Oftalmologia v.60 n.5 19971997-10-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491997000500470pt10.5935/0004-2749.19970026 |
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RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações da acuidade visual, refração e videoceratografia após 2ª cirurgia do pterígio. Material e Métodos: Setenta e quatro olhos com pterígio nasal primário classificados quanto ao comprimento em: Grupo I - pterígios ≤ 2mm (25 pacientes), Grupo II - pterígios > 2mm < 3,5mm (31pacientes) e Grupo III - pterígios ≥ 3,5mm ≤ 4,6mm (18 pacientes), foram submetidos à remoção cirúrgica do pterígio, utilizando a técnica de transplante livre de conjuntiva autóloga. Em todos os olhos foram realizados os seguintes exames oftalmológicos no pré-operatório e nos 1º, 3º e 6º meses após a cirurgia do pterígio: 1) biomicroscopia, 2) acuidade visual, 3) videoceratografia computadorizada e 4) refração. Resultados: a) Os pacientes dos Grupos II e III apresentaram, entre o período pré-operatório e o 1º, o 3º e o 6º meses após a cirurgia, as seguintes alterações ópticas: aumento da curvatura da córnea, redução do astigmatismo ceratométrico e, conseqüentemente, do astigmatismo refracional com melhora da acuidade visual. Tais alterações não ocorreram nos pacientes do Grupo I; b) No Grupo I predominou o padrão de astigmatismo topográfico regular em todas as etapas estudadas. O mesmo ocorreu no Grupo II, exceto no 1º mês de pós-operatório, quando predominou o padrão de astigmatismo irregular. No Grupo III predominaram os padrões regular e irregular. Conclusões: 1) Pacientes com pterígio ≤ 2mm de comprimento podem receber correção óptica até mesmo antes da remoção cirúrgica da lesão, e aqueles com pterígio > 2mm ≤ 4,6mm somente a partir do 1º mês de pós-operatório; 2) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior o astigmatismo ceratométrico induzido e maior sua redução após exérese do pterígio; 3) Quanto maior o comprimento do pterígio, maior a tendência do astigmatismo topográfico ser irregular, mesmo após a remoção cirúrgica da lesão. |
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