Taxa de sobrevivência e frutificação de espécies nativas do cerrado.

RESUMO: Espécies nativas do Cerrado foram avaliadas quanto ao seu estabelecimento e frutificação em plantios feitos no campo experimental da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF. As mudas foram produzidas em viveiro, a pleno sol, em sacos plásticos pretos, de sementes coletadas na vegetação de Cerrado e utilizadas em dois grupos de experimentos de campo, instalados em locais adjacentes, em dezembro de 1991. No primeiro, quatro experimentos de progênies meias-irmãs de baru (Dipteryx alata Vog.), mangaba (Hancornia speciosa Gomes), jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne) e pequi (Caryocar brasiliense Camb.) foram implantados. O outro grupo foi constituído de plantios consorciado e solteiro de sete espécies, araticum (Annona crassiflora Mart.), cagaita (Eugenia dysenterica DC.), gueroba (Syagrus oleracea (Mart.) Becc.), jenipapo (Genipa americana L.), baru, jatobá e mangaba. Alta mortalidade foi observada para mudas de araticum, pequi e mangaba, logo depois do transplantio, enquanto baru, jatobá e jenipapo tiveram alta taxa de sobrevivência. O araticum foi a primeira espécie a florir, aos três anos de plantio, porém mais da metade das árvores não frutificaram até os 10 anos. A mangaba frutificou depois de 4,5 anos de plantio, enquanto menos de 1% dos barus iniciaram a frutificação em seis anos. Jenipapo, jatobá, cagaita e gueroba não frutificaram até os 10 anos de plantio. A alta variabilidade na fase juvenil, a sobrevivência, a frutificação e o crescimento das espécies estudadas mostram a viabilidade e a necessidade de selecionar plantas para iniciar o cultivo dessas espécies. ABSTRACT: Native fruit species from the Central Brazil Savannah were evaluated for their survival rate and fructification in the experimental field of Embrapa Cerrados, Planaltina, DF. Seedlings were grown in plastic bags, in an open field nursey, from seeds collected in Cerrado vegetation, and used in two sets of experiments established in adjacent areas, from December 1991. The first consisted of four half-sib progenies of baru (Dipteryx alata Vog.), mangaba (Hancornia speciosa Gomes), jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne) and pequi (Caryocar brasiliense Camb.). The other set consisted of seven mixed-species and single-species plots of araticum (Annona crassiflora Mart.), cagaita (Eugenia dysenterica DC.), gueroba (Syagrus oleracea (Mart.) Becc.), jenipapo (Genipa americana L.), baru, jatobá and mangaba. High mortality was observed for araticum, pequi and mangaba soon after transplanting, while baru, jatoba and jenipapo plants had high survival rate. Araticum was the first species to bloon after 3 years; although, more than half of survivors did not set fruit up to 10 years. Mangaba trees started fruiting after 4.5 years, whereas less than 1% of baru plants set fruits at 6 years of age. Jenipapo, jatobá, cagaita and gueroba did not fructify until ten years. High variability for juvenile phase, survival, fruit set and growth shows that selection of plants shoud be made to start cultivation of these species.

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Bibliographic Details
Main Authors: SANO, S. M., FONSECA, C. E. L. da
Format: Folhetos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2003
Subjects:Fruta nativa, Planta nativa, Indigenous organisms, Survival, Cerrado, Floração, Frutificação, Sobrevivência, flowering, fruiting,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/559476
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