Avaliação da resistência de bovinos de diferentes grupos genéticos ao carrapato e à babesiose.

O carrapato Boophilus microp/us e as doenças por ele transmitidas constituem algumas das principais causas de prejuízos para os criadores de bovinos em áreas tropicais e em áreas subtropicais do mundo, quer por sua ação espoliativa, quer por sua atuação como vetor de doenças, ou ainda pelos custos econômicos e ambientais do controle químico. A variabilidade genética de resistência ao carrapato tem sido verificada em diversos grupos genéticos, o que demonstra que há potencial para o melhoramento dessa característica nos bovinos. No presente projeto, oito marcadores moleculares, situados próximos de genes do sistema imunológico, foram estudados em 708 fêmeas pertencentes aos grupos genéticos Nelore (NI), Y2 Aberdeen-Angus + % Nelore (TA), % Canchim + % Nelore (RC) e % 5imental + % Nelore (T5), as quais foram avaliadas quanto à resistência ao carrapato, sob infestação natural, de julho de 2003 a dezembro de 2004. Um subconjunto de animais foi também avaliado em quatro infestações artificiais. Os efeitos de grupo genético nas taxas de infecção por Babesia bigemina foram investigados no animal e no carrapato. Quando se consideraram as quatro infestações artificiais em conjunto, verificou-se que os animais dos grupos genéticos TA e TS apresentaram maior percentagem de recuperação, em comparação aos animais NI, enquanto os animais RC apresentaram taxa de recuperação intermediária, o que sugere maior resistência ao carrapato dos animais NI, resistência intermediária dos animais RC, e menor resistência dos bovinos dos grupos TA e TS. A estimativa de herdabilidade do número de carrapatos (0,15), apesar de baixa, indica que essa característica apresenta alguma variação genética, o que sugere a possibilidade de progresso genético pela seleção. A amplificação do DNA do parasita pela seqüência de reação em cadeia da polimerase (PCR) e PCR "nested" (N-PCR) detectou que 100% dos animais (bezerras e vacas) foram positivos para B. bigemina em todos os grupos genéticos estudados, o que mostra que a maior resistência dos zebuínos às babesioses não deve ser interpretada como capacidade de se manterem livres ou com baixo nível de infecção. O fator que mais influenciou a presença de babésias no sangue foi a idade dos bovinos. Os marcadores próximos aos genes das interleucinas 2 e 4 exibiram associação com medidas de resistência aos carrapatos em animais submetidos à infestação natural. Nenhuma análise de associação entre genótipo marcador e taxa de infecção por B. bigemina pôde ser conduzida, uma vez que não houve variação na taxa de infecção.

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Principais autores: REGITANO, L. C. de A., OLIVEIRA, M. C. de S., ALENCAR, M. M. de, CARVALHO, M. E., ANDRÉO, R., MOREIRA, I. C., NÉO, T. A., BARIONI JUNIOR, W., SILVA, A. M. DA
Outros Autores: LUCIANA CORREIA DE ALMEIDA REGITANO, CPPSE
Formato: Folhetos biblioteca
Idioma:Portugues
pt_BR
Publicado em: 2006
Assuntos:Grupos genéticos, Carrapatos, Babesiose, Gado de Corte, Resistência,
Acesso em linha:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/47959
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