Desenvolvimento do milho segunda safra: fatores genético-fisiológicos, plataforma de conhecimento e práticas de manejo de cultivo e uso, visando sustentabilidade de produção e produtividade no binômio soja/milho.

A dinâmica da agricultura brasileira e a evolução dos dados das safras agrícolas, notadamente de grãos, colocam o binômio soja/milho segunda safra, em alto grau de participação, em área, volume de negócios e tecnologia, em relação a cerca de 15 espécies comerciais cultivadas, de verão e inverno, e indicam desafios apontando sinais para a expansão produtiva em bases técnico-científicas modernas. Nesta trajetória, os esforços correntes e as perspectivas futuras colocam o Brasil, instituições e profissionais, públicas e privadas, com fortes desafios de alianças, protagonismo de estratégia de ação e de busca de soluções para inovação e mercado, focadas em produção e produtividade. Modelos produtivos, volumes e formas negociais, com vantagens competitivas e comparativas das atividades econômicas, estão desafiando as alianças e as estratégias produtivas, em cenários de complexidades para crescentes demandas por alimentos, bioenergia, biomoléculas e bioprodutos. Em extensas áreas tropicais e subtropicais, a agricultura em campo é uma atividade a ?céu aberto?, com grandes oportunidades para impactos econômicos e sociais, mas também é um empreendimento de riscos, notadamente em razão de fatores genético-fisiológicos e ambientais, e condições de suporte subótimas. Isto significa que, para as commodities agrícolas, que são sistemas complexos de grande relevância para a segurança alimentar e nutricional, em todo o mundo, focar na ?estabilidade de produção? frente às ?instabilidades ambientais? implica considerar que para toda tomada de decisão (planejar, semear, colher, vender, entregar) deve-se estabelecer, de forma estruturada, os agentes e os elementos das cadeias de valor. Especialmente, nos casos de milho e soja, que são dependentes de Chicago (bolsa), câmbio (taxa de conversão de moeda, nas relações de troca) e estrutura produtiva (arranjos produtivos), deve-se estabelecer, na parceria público-privada, planos, programas e arranjos produtivos por região, época de semeadura (safra e/ou segunda safra), tipo e dimensão de mercado, este último levando em consideração também a logística empregada desde a retirada dos grãos do campo até o destino final. Nestes cenários, há, objetivamente, grandes oportunidades e riscos técnico-científicos, produtivos e mercadológicos. Metas de inovação, metas de mercado e metas de impactos são frutos de alianças e parcerias estratégicas que são capazes de integrar inteligência estratégica, empreendedorismo e uma forte participação produtiva compartilhada, em vários níveis, para que a inovação aconteça e produza impactos relevantes para beneficiários - diretos e indiretos. O Sistema Antecipe, no contexto de maior eficiência produtiva, na parceria público-privada, inspira todos nós sobre a modelagem e a implementação de uma estratégia de ação institucional, em parceria pública e privada, com inteligência estratégica de conhecimento, desenvolvimento mercadológico e ação temática e territorial para alianças e parcerias, arranjos técnico-científicos, institucionais e produtivos e sistemas pautados em inovação, empreendedorismo e desenvolvimento. É um modelo de cultivo pautado numa plataforma inédita para semeadura antecipada do milho nas entrelinhas da soja, focada em potencializar o conhecimento sobre os estádios fenológicos do milho e da soja, associados com práticas de cultivo no binômio soja/milho, que o Brasil considerou estabelecer em escala crescente como ?milho de segunda safra?, após o cultivo da soja de verão, e que considerou denominar, desde a sua origem, na década de 1990, de ?safrinha do milho?. O conhecimento, pautado no ativo intangível, que fundamenta esta estratégia de ação em franco progresso e expansão na parceria público-privada, é um cultivo intercalar do milho de segunda safra, com semeadura antecipada em até 20 dias, sob certas condições genético-fisiológicas e ambientais, nas entrelinhas da soja antes de sua colheita. Basicamente, esta estratégia de ação e procedimentos operacionais, em aderência aos estádios de desenvolvimento do milho e da soja, recomenda a tomada de decisão agronômica e gerencial para o Sistema Antecipe, nos estádios V5 para o milho e a partir de R5 para a soja cultivada. Os padrões de desenvolvimento - da semente à planta e ao grão -, que resultam no estabelecimento destas espécies cultivadas, em um dado ambiente, demonstram que as diferentes espécies produtoras de grãos possuem características fisiológicas distintas em seu ciclo de vida, incluindo uma fase em que não há produção exposta de estruturas reprodutivas, ou ainda em fase embrionária, ou seja, de crescimento vegetativo, e uma fase reprodutiva, em que as estruturas reprodutivas são drenos importantes, e qualquer interferência pode ocasionar perdas qualitativas e quantitativas . Os ciclos de vida das plantas de milho e soja são regidos por estádios de desenvolvimento, que encerram o crescimento, a diferenciação e a morfogênese. Cada uma destas fases contribui para a explicação genético-fisiológica da cultivar, sua interação com o ambiente, e ajuda no manejo da espécie cultivada, favorecendo a tomada de decisão do agricultor, em bases técnicas e gerenciais.

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Bibliographic Details
Main Authors: MAGALHAES, P. C., BORGHI, E., KARAM, D., PEREIRA FILHO, I. A., RIOS, S. de A., ABREU, S. C., LANDAU, E. C., GUIMARAES, L. J. M., PASTINA, M. M., DURAES, F. O. M.
Other Authors: PAULO CESAR MAGALHAES, CNPMS; EMERSON BORGHI, CNPMS; DECIO KARAM, CNPMS; ISRAEL ALEXANDRE PEREIRA FILHO, CNPMS; SARA DE ALMEIDA RIOS, CNPMS; SAMUEL CAMPOS ABREU, CNPMS; ELENA CHARLOTTE LANDAU, CNPMS; LAURO JOSE MOREIRA GUIMARAES, CNPMS; MARIA MARTA PASTINA, CNPMS; FREDERICO OZANAN MACHADO DURAES, CNPMS.
Format: Folhetos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2020
Subjects:Zea Mays, Glycine Max, Safrinha, Fisiologia Vegetal, Ciclo de Vida,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1128757
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Desenvolvimento do milho segunda safra: fatores genético-fisiológicos, plataforma de conhecimento e práticas de manejo de cultivo e uso, visando sustentabilidade de produção e produtividade no binômio soja/milho.
description A dinâmica da agricultura brasileira e a evolução dos dados das safras agrícolas, notadamente de grãos, colocam o binômio soja/milho segunda safra, em alto grau de participação, em área, volume de negócios e tecnologia, em relação a cerca de 15 espécies comerciais cultivadas, de verão e inverno, e indicam desafios apontando sinais para a expansão produtiva em bases técnico-científicas modernas. Nesta trajetória, os esforços correntes e as perspectivas futuras colocam o Brasil, instituições e profissionais, públicas e privadas, com fortes desafios de alianças, protagonismo de estratégia de ação e de busca de soluções para inovação e mercado, focadas em produção e produtividade. Modelos produtivos, volumes e formas negociais, com vantagens competitivas e comparativas das atividades econômicas, estão desafiando as alianças e as estratégias produtivas, em cenários de complexidades para crescentes demandas por alimentos, bioenergia, biomoléculas e bioprodutos. Em extensas áreas tropicais e subtropicais, a agricultura em campo é uma atividade a ?céu aberto?, com grandes oportunidades para impactos econômicos e sociais, mas também é um empreendimento de riscos, notadamente em razão de fatores genético-fisiológicos e ambientais, e condições de suporte subótimas. Isto significa que, para as commodities agrícolas, que são sistemas complexos de grande relevância para a segurança alimentar e nutricional, em todo o mundo, focar na ?estabilidade de produção? frente às ?instabilidades ambientais? implica considerar que para toda tomada de decisão (planejar, semear, colher, vender, entregar) deve-se estabelecer, de forma estruturada, os agentes e os elementos das cadeias de valor. Especialmente, nos casos de milho e soja, que são dependentes de Chicago (bolsa), câmbio (taxa de conversão de moeda, nas relações de troca) e estrutura produtiva (arranjos produtivos), deve-se estabelecer, na parceria público-privada, planos, programas e arranjos produtivos por região, época de semeadura (safra e/ou segunda safra), tipo e dimensão de mercado, este último levando em consideração também a logística empregada desde a retirada dos grãos do campo até o destino final. Nestes cenários, há, objetivamente, grandes oportunidades e riscos técnico-científicos, produtivos e mercadológicos. Metas de inovação, metas de mercado e metas de impactos são frutos de alianças e parcerias estratégicas que são capazes de integrar inteligência estratégica, empreendedorismo e uma forte participação produtiva compartilhada, em vários níveis, para que a inovação aconteça e produza impactos relevantes para beneficiários - diretos e indiretos. O Sistema Antecipe, no contexto de maior eficiência produtiva, na parceria público-privada, inspira todos nós sobre a modelagem e a implementação de uma estratégia de ação institucional, em parceria pública e privada, com inteligência estratégica de conhecimento, desenvolvimento mercadológico e ação temática e territorial para alianças e parcerias, arranjos técnico-científicos, institucionais e produtivos e sistemas pautados em inovação, empreendedorismo e desenvolvimento. É um modelo de cultivo pautado numa plataforma inédita para semeadura antecipada do milho nas entrelinhas da soja, focada em potencializar o conhecimento sobre os estádios fenológicos do milho e da soja, associados com práticas de cultivo no binômio soja/milho, que o Brasil considerou estabelecer em escala crescente como ?milho de segunda safra?, após o cultivo da soja de verão, e que considerou denominar, desde a sua origem, na década de 1990, de ?safrinha do milho?. O conhecimento, pautado no ativo intangível, que fundamenta esta estratégia de ação em franco progresso e expansão na parceria público-privada, é um cultivo intercalar do milho de segunda safra, com semeadura antecipada em até 20 dias, sob certas condições genético-fisiológicas e ambientais, nas entrelinhas da soja antes de sua colheita. Basicamente, esta estratégia de ação e procedimentos operacionais, em aderência aos estádios de desenvolvimento do milho e da soja, recomenda a tomada de decisão agronômica e gerencial para o Sistema Antecipe, nos estádios V5 para o milho e a partir de R5 para a soja cultivada. Os padrões de desenvolvimento - da semente à planta e ao grão -, que resultam no estabelecimento destas espécies cultivadas, em um dado ambiente, demonstram que as diferentes espécies produtoras de grãos possuem características fisiológicas distintas em seu ciclo de vida, incluindo uma fase em que não há produção exposta de estruturas reprodutivas, ou ainda em fase embrionária, ou seja, de crescimento vegetativo, e uma fase reprodutiva, em que as estruturas reprodutivas são drenos importantes, e qualquer interferência pode ocasionar perdas qualitativas e quantitativas . Os ciclos de vida das plantas de milho e soja são regidos por estádios de desenvolvimento, que encerram o crescimento, a diferenciação e a morfogênese. Cada uma destas fases contribui para a explicação genético-fisiológica da cultivar, sua interação com o ambiente, e ajuda no manejo da espécie cultivada, favorecendo a tomada de decisão do agricultor, em bases técnicas e gerenciais.
author2 PAULO CESAR MAGALHAES, CNPMS; EMERSON BORGHI, CNPMS; DECIO KARAM, CNPMS; ISRAEL ALEXANDRE PEREIRA FILHO, CNPMS; SARA DE ALMEIDA RIOS, CNPMS; SAMUEL CAMPOS ABREU, CNPMS; ELENA CHARLOTTE LANDAU, CNPMS; LAURO JOSE MOREIRA GUIMARAES, CNPMS; MARIA MARTA PASTINA, CNPMS; FREDERICO OZANAN MACHADO DURAES, CNPMS.
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MAGALHAES, P. C.
BORGHI, E.
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PEREIRA FILHO, I. A.
RIOS, S. de A.
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GUIMARAES, L. J. M.
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Zea Mays Glycine Max Safrinha Fisiologia Vegetal Ciclo de Vida A dinâmica da agricultura brasileira e a evolução dos dados das safras agrícolas, notadamente de grãos, colocam o binômio soja/milho segunda safra, em alto grau de participação, em área, volume de negócios e tecnologia, em relação a cerca de 15 espécies comerciais cultivadas, de verão e inverno, e indicam desafios apontando sinais para a expansão produtiva em bases técnico-científicas modernas. Nesta trajetória, os esforços correntes e as perspectivas futuras colocam o Brasil, instituições e profissionais, públicas e privadas, com fortes desafios de alianças, protagonismo de estratégia de ação e de busca de soluções para inovação e mercado, focadas em produção e produtividade. Modelos produtivos, volumes e formas negociais, com vantagens competitivas e comparativas das atividades econômicas, estão desafiando as alianças e as estratégias produtivas, em cenários de complexidades para crescentes demandas por alimentos, bioenergia, biomoléculas e bioprodutos. Em extensas áreas tropicais e subtropicais, a agricultura em campo é uma atividade a ?céu aberto?, com grandes oportunidades para impactos econômicos e sociais, mas também é um empreendimento de riscos, notadamente em razão de fatores genético-fisiológicos e ambientais, e condições de suporte subótimas. Isto significa que, para as commodities agrícolas, que são sistemas complexos de grande relevância para a segurança alimentar e nutricional, em todo o mundo, focar na ?estabilidade de produção? frente às ?instabilidades ambientais? implica considerar que para toda tomada de decisão (planejar, semear, colher, vender, entregar) deve-se estabelecer, de forma estruturada, os agentes e os elementos das cadeias de valor. Especialmente, nos casos de milho e soja, que são dependentes de Chicago (bolsa), câmbio (taxa de conversão de moeda, nas relações de troca) e estrutura produtiva (arranjos produtivos), deve-se estabelecer, na parceria público-privada, planos, programas e arranjos produtivos por região, época de semeadura (safra e/ou segunda safra), tipo e dimensão de mercado, este último levando em consideração também a logística empregada desde a retirada dos grãos do campo até o destino final. Nestes cenários, há, objetivamente, grandes oportunidades e riscos técnico-científicos, produtivos e mercadológicos. Metas de inovação, metas de mercado e metas de impactos são frutos de alianças e parcerias estratégicas que são capazes de integrar inteligência estratégica, empreendedorismo e uma forte participação produtiva compartilhada, em vários níveis, para que a inovação aconteça e produza impactos relevantes para beneficiários - diretos e indiretos. O Sistema Antecipe, no contexto de maior eficiência produtiva, na parceria público-privada, inspira todos nós sobre a modelagem e a implementação de uma estratégia de ação institucional, em parceria pública e privada, com inteligência estratégica de conhecimento, desenvolvimento mercadológico e ação temática e territorial para alianças e parcerias, arranjos técnico-científicos, institucionais e produtivos e sistemas pautados em inovação, empreendedorismo e desenvolvimento. É um modelo de cultivo pautado numa plataforma inédita para semeadura antecipada do milho nas entrelinhas da soja, focada em potencializar o conhecimento sobre os estádios fenológicos do milho e da soja, associados com práticas de cultivo no binômio soja/milho, que o Brasil considerou estabelecer em escala crescente como ?milho de segunda safra?, após o cultivo da soja de verão, e que considerou denominar, desde a sua origem, na década de 1990, de ?safrinha do milho?. O conhecimento, pautado no ativo intangível, que fundamenta esta estratégia de ação em franco progresso e expansão na parceria público-privada, é um cultivo intercalar do milho de segunda safra, com semeadura antecipada em até 20 dias, sob certas condições genético-fisiológicas e ambientais, nas entrelinhas da soja antes de sua colheita. Basicamente, esta estratégia de ação e procedimentos operacionais, em aderência aos estádios de desenvolvimento do milho e da soja, recomenda a tomada de decisão agronômica e gerencial para o Sistema Antecipe, nos estádios V5 para o milho e a partir de R5 para a soja cultivada. Os padrões de desenvolvimento - da semente à planta e ao grão -, que resultam no estabelecimento destas espécies cultivadas, em um dado ambiente, demonstram que as diferentes espécies produtoras de grãos possuem características fisiológicas distintas em seu ciclo de vida, incluindo uma fase em que não há produção exposta de estruturas reprodutivas, ou ainda em fase embrionária, ou seja, de crescimento vegetativo, e uma fase reprodutiva, em que as estruturas reprodutivas são drenos importantes, e qualquer interferência pode ocasionar perdas qualitativas e quantitativas . 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