Abordagem conceitual sobre vulnerabilidade aos desastres naturais no contexto de mudanças climáticas e ambientais: caso no Litoral Norte de São Paulo.

Estudos sobre como os riscos são percebidos pelos diferentes atores têm se mostrado cada vez mais importantes no campo das dimensões humanas das mudanças climáticas e ambientais, já que as percepções de risco interferem nas condutas individuais e coletivas e nas ações de mitigação e adaptação (HOGAN; MARANDOLA Jr, 2009). Este trabalho discute uma abordagem quantitativa sobre a percepção de riscos às mudanças climáticas e ambientais, na tentativa de identificar elementos chaves que contribuem para as diferentes estratégias das pessoas frente aos riscos que enfrentam. Os resultados da aplicação de um questionário piloto fechado, ainda em fase de aprimoramento, mostram, no geral, que as pessoas consideram que as mudanças climáticas e ambientais estão acontecendo. Também indicam que estão conscientes de que as principais causas que têm contribuído para essas mudanças são as atividades humanas. Em relação aos riscos socioambientais e às estratégias de adaptação, os resultados indicam que as respostas variam de acordo com o lugar (espaço geográfico) e com a temporalidade dos eventos climáticos ou ambientais que ocorrem (como chuvas, ressacas do mar, deslizamentos e inundação). Trabalhos com análises quantitativas sobre percepção dos riscos têm sido cada vez mais necessários em estudos no contexto das mudanças climáticas e ambientais. Visando atender a essa necessidade, a proposta é, a partir da análise e aprimoramento desse questionário piloto, aplicar esse survey no Litoral Norte Paulista, na tentativa de aferir as percepções dos riscos associados às mudanças climáticas e ambientais, identificando, assim, as vantagens e limitações em relação às abordagens qualitativas (como entrevistas, grupos focais), tendo em vista, sobretudo, comparar os resultados entre as duas metodologias para uma pesquisa quali-quantitativa na região.

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Bibliographic Details
Main Authors: MELLO, A. Y. I., BATISTELLA, M., FERREIRA, L. D. C., FARINACI, J. S.
Other Authors: ALLAN YU I. MELLO, UNICAMP/NEPAM; MATEUS BATISTELLA, CNPM; LÚCIA DA COSTA FERREIRA, UNICAMP/NEPAM; JULIANA SAMPAIO FARINACI, UNICAMP/NEPAM.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2013-01-17
Subjects:Mudanças climáticas e ambientais, Percepção de riscos, Survey,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/945660
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Summary:Estudos sobre como os riscos são percebidos pelos diferentes atores têm se mostrado cada vez mais importantes no campo das dimensões humanas das mudanças climáticas e ambientais, já que as percepções de risco interferem nas condutas individuais e coletivas e nas ações de mitigação e adaptação (HOGAN; MARANDOLA Jr, 2009). Este trabalho discute uma abordagem quantitativa sobre a percepção de riscos às mudanças climáticas e ambientais, na tentativa de identificar elementos chaves que contribuem para as diferentes estratégias das pessoas frente aos riscos que enfrentam. Os resultados da aplicação de um questionário piloto fechado, ainda em fase de aprimoramento, mostram, no geral, que as pessoas consideram que as mudanças climáticas e ambientais estão acontecendo. Também indicam que estão conscientes de que as principais causas que têm contribuído para essas mudanças são as atividades humanas. Em relação aos riscos socioambientais e às estratégias de adaptação, os resultados indicam que as respostas variam de acordo com o lugar (espaço geográfico) e com a temporalidade dos eventos climáticos ou ambientais que ocorrem (como chuvas, ressacas do mar, deslizamentos e inundação). Trabalhos com análises quantitativas sobre percepção dos riscos têm sido cada vez mais necessários em estudos no contexto das mudanças climáticas e ambientais. Visando atender a essa necessidade, a proposta é, a partir da análise e aprimoramento desse questionário piloto, aplicar esse survey no Litoral Norte Paulista, na tentativa de aferir as percepções dos riscos associados às mudanças climáticas e ambientais, identificando, assim, as vantagens e limitações em relação às abordagens qualitativas (como entrevistas, grupos focais), tendo em vista, sobretudo, comparar os resultados entre as duas metodologias para uma pesquisa quali-quantitativa na região.