Proteção química e biológica de grãos de milho úmidos contra fungos de armazenagem e produção de aflatoxinas.

Grãos de milho da cultivar HD 9486, com 19,7% de umidade, foram tratados, imediatamente após a colheita, com soluções de extrato bruto de Eucalyptus citriodora (40%), essência de Eucalyptus citriodora (20%), ácido acético (5%), uréia (5%), cetato de sódio (5%), com os fungicidas benomyl (25g i.a.100kg-1 de grãos), thiabendazole (45g) e fludioxonil (3g); óleo de girassol, óleo mineral e com suspensão de 106 UFC.ml-1 de Sacharomyces cerevisiae. Aos grãos da testemunha foi adicionada água, obedecendo à mesma relação utilizada nos demais tratamentos (0,75% peso de grãos/volume do produto). A seguir, esses grãos foram armazenados em sistema com aeração contínua, constituído de tambores metálicos de 200 litros de capacidade, com fundo de tela de aço e sobre dutos de aeração, e em sistema sem aeração, constituído de tambores com fundo de metal, sobre estrados de madeira. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 24 tratamentos (parcelas com 80kg de grãos), em três repetições. A eficiência dos produtos no controle de Aspergillus flavus e Penicillium spp. foi avaliada quantificando-se a porcentagem de grãos visualmente mofados, aos 17 dias de armazenagem. No sistema sem aeração, os fungicidas benomyl, thiabendazole e fludioxonil apresentaram controles desses fungos a níveis abaixo do limite de tolerância, que é de 3%. A testemunha apresentou 49,6% de grãos mofados. As médias da umidade e da temperatura intergranular foram de 15,5% e 35,5 oC, respectivamente. No sistema aerado, todos os tratamentos apresentaram baixo nível de mofamento dos grãos (1,2% na testemunha). Provavelmente, nesse período de armazenagem, a temperatura intergranular e a umidade dos grãos foram desfavoráveis ao desenvolvimento desses fungos. Nessa época, foram determinados os níveis (mg.kg-1 ou ppb) de aflatoxinas, sendo utilizado o métodos ELISA e cromatografia em camada delgada. Na condição aerada, os grãos de milho apresentaram os menores níveis de aflatoxinas e foram significativamente diferentes (P<0,05), quando comparados aos valores encontrados na condição não aerada. Na condição aerada, a maior eficiência na proteção dos grãos de milho em relação à biossíntese de aflatoxinas (2,1 mg.kg-1 de B1 + B2 + G1+G2) foi verificada no tratamento com thiabendazole. Do exposto, conclui-se que a aeração contínua e a proteção dos grãos com os fungicidas benomyl, thiabendazole e fludioxonil são eficientes contra o mofamento causado por Aspergillus flavus e Penicillium spp. e na redução da biossíntese de aflatoxinas.

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Main Authors: PINTO, N. F. J. de A., PRADO, G., OLIVEIRA, M. S.
Other Authors: Embrapa Milho e Sorgo.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2005-11-04
Subjects:Fungos toxigênicos, Micotoxinas, Patologia de grãos., Zea Mays.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/488840
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spelling dig-alice-doc-4888402017-08-15T21:33:54Z Proteção química e biológica de grãos de milho úmidos contra fungos de armazenagem e produção de aflatoxinas. PINTO, N. F. J. de A. PRADO, G. OLIVEIRA, M. S. Embrapa Milho e Sorgo. Fungos toxigênicos Micotoxinas Patologia de grãos. Zea Mays. Grãos de milho da cultivar HD 9486, com 19,7% de umidade, foram tratados, imediatamente após a colheita, com soluções de extrato bruto de Eucalyptus citriodora (40%), essência de Eucalyptus citriodora (20%), ácido acético (5%), uréia (5%), cetato de sódio (5%), com os fungicidas benomyl (25g i.a.100kg-1 de grãos), thiabendazole (45g) e fludioxonil (3g); óleo de girassol, óleo mineral e com suspensão de 106 UFC.ml-1 de Sacharomyces cerevisiae. Aos grãos da testemunha foi adicionada água, obedecendo à mesma relação utilizada nos demais tratamentos (0,75% peso de grãos/volume do produto). A seguir, esses grãos foram armazenados em sistema com aeração contínua, constituído de tambores metálicos de 200 litros de capacidade, com fundo de tela de aço e sobre dutos de aeração, e em sistema sem aeração, constituído de tambores com fundo de metal, sobre estrados de madeira. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 24 tratamentos (parcelas com 80kg de grãos), em três repetições. A eficiência dos produtos no controle de Aspergillus flavus e Penicillium spp. foi avaliada quantificando-se a porcentagem de grãos visualmente mofados, aos 17 dias de armazenagem. No sistema sem aeração, os fungicidas benomyl, thiabendazole e fludioxonil apresentaram controles desses fungos a níveis abaixo do limite de tolerância, que é de 3%. A testemunha apresentou 49,6% de grãos mofados. As médias da umidade e da temperatura intergranular foram de 15,5% e 35,5 oC, respectivamente. No sistema aerado, todos os tratamentos apresentaram baixo nível de mofamento dos grãos (1,2% na testemunha). Provavelmente, nesse período de armazenagem, a temperatura intergranular e a umidade dos grãos foram desfavoráveis ao desenvolvimento desses fungos. Nessa época, foram determinados os níveis (mg.kg-1 ou ppb) de aflatoxinas, sendo utilizado o métodos ELISA e cromatografia em camada delgada. Na condição aerada, os grãos de milho apresentaram os menores níveis de aflatoxinas e foram significativamente diferentes (P<0,05), quando comparados aos valores encontrados na condição não aerada. Na condição aerada, a maior eficiência na proteção dos grãos de milho em relação à biossíntese de aflatoxinas (2,1 mg.kg-1 de B1 + B2 + G1+G2) foi verificada no tratamento com thiabendazole. Do exposto, conclui-se que a aeração contínua e a proteção dos grãos com os fungicidas benomyl, thiabendazole e fludioxonil são eficientes contra o mofamento causado por Aspergillus flavus e Penicillium spp. e na redução da biossíntese de aflatoxinas. 2011-04-10T11:11:11Z 2011-04-10T11:11:11Z 2005-11-04 2005 2015-12-03T11:11:11Z Artigo de periódico Revista Brasileira de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, v. 4, n. 2, p. 172-179, 2005. http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/488840 pt_BR por openAccess
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