Introdução e indução de calos embriogênicos a partir de explantes do tipo tcl de pupunheira.
Dentre as técnicas de clonagem mais utilizadas em palmeiras, a embriogênese somática tem sido a via regenerativa in vitro preferida, visto que, no curto espaço de tempo, proporciona a produção em escala de clones melhorados. Na pupunheira, este sistema se enquadra no modelo indireto, caracterizado pela baixa taxa de indução de calos e competência embriogênica variável. Além disso, o sucesso da aplicação desta técnica requer a definição de protocolos específicos com desafios já no estabelecimento do cultivo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a desinfestação e a formação de calos embriogênicos, a partir de explantes de pupunheira. Ápices caulinares foram mantidos por 12 horas em solução PPM® a 4% (T1) ou hipoclorito de sódio a 0,5% (T2), seguido de imersão em álcool 70%/1 minuto e hipoclorito 1,25%/10 minutos. Por último, explantes de T1 foram tratados com hipoclorito a 1,25%/10 minutos e de T2 em H2O2 5V/5 minutos. Os ápices reduzidos (meristema e 2-3 bainhas) foram seccionados em TCLs (camadas transversais com aproximadamente 1 mm de espessura), e inoculados em meio de cultura de Murashige e Skoog, com picloram (300 μM), glutamina (500 mg L-1), sacarose (3%), carvão ativado (0,15%) e ágar (0,7%). Os cultivos foram mantidos em ambiente escuro a 23-24 ºC, por 110 dias, sendo avaliada a porcentagem de contaminação, oxidação, calos friáveis e explantes inertes. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com seis repetições/tratamento (unidade experimental composta - placa com cinco cortes). Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre parâmetros avaliados. A taxa de contaminação, geralmente bacteriana, foi 45% e 43,3%, e a taxa de oxidação foi 12,5% e 20% para T1 e T2, respectivamente. Calos friáveis foram obtidos em 5% (T1) e 17,5% (T2), enquanto explantes inertes em 39,6% (T1) e 14,2% (T2). Observou-se que a oxidação e a formação de calos ocorreu em várias secções dentro da unidade experimental, demonstrando um comportamento associado à influência de genótipos mais responsivos à embriogênese. A elevada perda de explantes devida à contaminação nos tratamentos aplicados indica a necessidade do desenvolvimento de um protocolo mais eficiente.
Autores principales: | , , |
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Formato: | Parte de livro biblioteca |
Idioma: | Portugues pt_BR |
Publicado: |
2021-02-11
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Materias: | Bactris Gasipaes, Cultura de Tecido, Clone, Pupunha, |
Acceso en línea: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1130004 |
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Sumario: | Dentre as técnicas de clonagem mais utilizadas em palmeiras, a embriogênese somática tem sido a via regenerativa in vitro preferida, visto que, no curto espaço de tempo, proporciona a produção em escala de clones melhorados. Na pupunheira, este sistema se enquadra no modelo indireto, caracterizado pela baixa taxa de indução de calos e competência embriogênica variável. Além disso, o sucesso da aplicação desta técnica requer a definição de protocolos específicos com desafios já no estabelecimento do cultivo. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a desinfestação e a formação de calos embriogênicos, a partir de explantes de pupunheira. Ápices caulinares foram mantidos por 12 horas em solução PPM® a 4% (T1) ou hipoclorito de sódio a 0,5% (T2), seguido de imersão em álcool 70%/1 minuto e hipoclorito 1,25%/10 minutos. Por último, explantes de T1 foram tratados com hipoclorito a 1,25%/10 minutos e de T2 em H2O2 5V/5 minutos. Os ápices reduzidos (meristema e 2-3 bainhas) foram seccionados em TCLs (camadas transversais com aproximadamente 1 mm de espessura), e inoculados em meio de cultura de Murashige e Skoog, com picloram (300 μM), glutamina (500 mg L-1), sacarose (3%), carvão ativado (0,15%) e ágar (0,7%). Os cultivos foram mantidos em ambiente escuro a 23-24 ºC, por 110 dias, sendo avaliada a porcentagem de contaminação, oxidação, calos friáveis e explantes inertes. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com seis repetições/tratamento (unidade experimental composta - placa com cinco cortes). Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre parâmetros avaliados. A taxa de contaminação, geralmente bacteriana, foi 45% e 43,3%, e a taxa de oxidação foi 12,5% e 20% para T1 e T2, respectivamente. Calos friáveis foram obtidos em 5% (T1) e 17,5% (T2), enquanto explantes inertes em 39,6% (T1) e 14,2% (T2). Observou-se que a oxidação e a formação de calos ocorreu em várias secções dentro da unidade experimental, demonstrando um comportamento associado à influência de genótipos mais responsivos à embriogênese. A elevada perda de explantes devida à contaminação nos tratamentos aplicados indica a necessidade do desenvolvimento de um protocolo mais eficiente. |
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