Arranjos institucionais como fator estratégico para as parcerias e inovação.

A relevância quanto à legitimidade da colaboração entre Estado e organizações não governamentais e privadas na gestão pública éinquestionável. Contudo é necessário analisar sobre que condições e em que áreas esta atuação conjunta deve ocorrer e como essa relação pode tornar as políticas públicas mais efetivas e eficazes. As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico necessitam de mecanismos de gestão ágeis e eficientes, capazes de proporcionar condições para que os resultados não sejam comprometidos, mas que sejam traduzidos em inovações valiosas para o desenvolvimento social, econômico e ambiental. As ações de governo, especialmente na área de ciência e tecnologia, exigem a construção de novos arranjos institucionais, que superem o modelo de provisão única estatal. Estes arranjos apontam para a construção de redes institucionais, que reúnem vários atores ?da sociedade civil e do setor privado ?envolvendo articulações intersetoriais, intergovernamentais e entre Estado, mercado e sociedade civil. Isto representa um importante avanço na qualidade da ação do Estado.Um exemplo recente de arranjo institucional entre estes atores ?Estado, sociedade civil e mercado ?é o recém-criado Centro de Biologia Química de Proteínas Quinases da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), primeiro centro de pesquisa no Brasil no modelo ?open science?. Apoiado pela FAPESP, integra a rededo Structural Genomics Consortium(SGC), uma parceria público-privada que reúne cientistas, indústrias farmacêuticas e entidades sem fins lucrativos de apoio à pesquisa. A importância das parcerias é fundamental para construir o futuro. Não basta apenas 3gerar conhecimento, é preciso também gerenciar relacionamentos. O "Estado Empreendedor" ainda é fundamental, pois precisa garantir um ambiente institucional favorável a arranjos que permitam o investimento de risco, onde as organizações públicas e privadas possam, de fato, buscar inovações radicais e revolucionárias, como foi o caso da nanotecnologia e dos alimentos nutraceuticos, entre outras. As organizações precisam atuar em grande sinergia e devem ter mecanismos institucionais que as viabilizem ou não vão conseguir superar os desafios do futu

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Bibliographic Details
Main Authors: NASCIMENTO, P. P., CURY, C.
Other Authors: PETULA PONCIANO NASCIMENTO, CNPS; CYNTHIA CURY, SIRE.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2020-10-13
Subjects:Estado empreendedor, Gestão, Pesquisa, Inovação, Desenvolvimento Socio-Econômico,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1125463
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